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Álbum de Baco Exu do Blues é o quinto mais ouvido do mundo

Quantas Vezes Você Já Foi Amado? chegou às plataformas na semana passada e tem feito sucesso nos charts nacionais e gringos

Baco Exu do Blues
Foto: Reprodução

O novo álbum de Baco Exu do Blues, Quantas Vezes Você Já Foi Amado?, entrou no top mundial dos dez maiores lançamentos da semana do Spotify, como o quinto mais ouvido no planeta. Do Brasil, também entrou na lista Numanice #2 de Ludmilla, ocupando o nono lugar.

O disco, que fala da forma de um homem preto recebe e da afeto, tem doze faixas e chegou às plataformas na semana passada, com selo 999 e distribuição da Altafonte.

“‘Quantas vezes você já foi amado’ é uma pergunta que deixa todo mundo desconfortável. No meu caso, eu fui amado várias vezes, mas fui pouco ensinado a receber esse amor. Isso fez parecer que quase nunca fui amado porque o amor é um ciclo que só se completa quando uma pessoa está te entregando aquilo e você consegue receber e passar de volta de alguma forma. Comigo foi sempre diferente. Eu sentia que as pessoas estavam jogando aquele amor, aquele afeto em mim, mas eu não conseguia sentir 100%. Ficava desconfiado pela trajetória de vida que tenho”, conta o artista.

Baco Exu do Blues
Foto: Reprodução

Para ele, uma das coisas mais impactantes para este disco foi ter sua morada de volta em Salvador. “Foi muito importante para toda essa releitura da minha vida, dos caminhos que escolho, do processo que foi ser, criar e entender Baco Exu do Blues. Ao voltar pra minha cidade eu voltei à minha infância, minha adolescência e comecei a me questionar sobre algumas coisas. Uma delas foi a minha relação com o afeto, com a raiva, com o ódio, com o amor. De onde vinham e como foram se estabelecendo essas conexões na minha vida”, explica Baco.

QVVJFA traz um Baco amadurecido, revisitando questões importantes, mas ainda sem achar solução. “A estética é uma parada única. Remete a todo tempo ao Brasil e a Salvador. É muito música brasileira, mas ao mesmo tempo é muito música eletrônica. No final das contas é música negra, caminha por todos os lugares”, define.

(Fonte: Metrópoles)