Traumas da gestão Rueda: Marcelo Teixeira inicia trabalho no Santos com dificuldades no mercado

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As conversas até estavam bem avançadas, mas recuaram nesta quarta-feira, após o Cruzeiro entrou na disputa. Um dos receios de Carpini é a instabilidade santista. Nos últimos três anos, foram oito técnicos diferentes. O time teve um treinador diferente a cada 4,5 meses com Rueda.

O mais duradouro do mandato foi Odair Hellmann, que disputou apenas 34 partidas, com 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas, gerando um aproveitamento de 44,1% de aproveitamento. O que menos durou foi Diego Aguirre, com somente cinco jogos.

Desde a saída do uruguaio, inclusive, o Santos está com o auxiliar Marcelo Fernandes como treinador. Ele encerrou o Brasileirão no comando, mas não conseguiu evitar a queda para a Série B.

A questão financeira também é um problema no Santos. O Peixe tem cerca de R$ 800 milhões de dívida e atrasou o pagamento do salário de novembro. Os vencimentos foram pagos apenas no nono dia útil de dezembro.

A credibilidade do Alvinegro Praiano no mercado vem em queda há algum tempo. Alguns jogadores chegaram a ficar perto de assinar com o clube e recuaram nos minutos finais. O lateral Lucas Blondel, os meias Cristaldo e Roberto Pereyra e o atacante Luan são alguns exemplos.

Agora, Marcelo Teixeira vai ter que trabalhar para tentar reorganizar o Santos financeiramente e reverter a má fama do clube no mercado. O próprio presidente, aliás, falou sobre essa dificuldade.

“Minha experiência faz com que tenhamos um choque de credibilidade no mercado, o Santos perdeu esse espaço e precisa voltar a ser respeitado, tanto em negociações quanto em resultado”, disse à Gazeta Esportiva antes de ser eleito.

Além de todos esses fatores, o Santos disputará apenas o Campeonato Paulista e a Série B do Brasileirão em 2024.

(Terra)