Ícone do gênero e presidente de honra da Mangueira, o sambista não resistiu às complicações da doença
O icônico sambista Nelson Sargento morreu, nesta quinta-feira (27/5), aos 96 anos, vítma de complicações da Covid-19. O artista, um dos principais nomes do gênero, estava internado no Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Nelson Sargento internou para tratar a doença em 20 de maio. Na última quarta-feira (26/5), o compositor precisou ser intubado e, na ocasião, os médicos alertaram que o estado de saúde do artista era grave.
O sambista tinha sido vacinado com as duas doses da vacina contra a Covid-19 desde 26 de fevereiro.
Trajetória
Nascido em 1924, Nelson Sargento é um dos principais nomes do samba brasileiro, com trajetória ligada à escola de samba Estação Primeira de Mangueira – onde ocupava o cargo de presidente de honra.
Nelson começou sua trajória na música ainda na adolescência. Em 1955, ele escreveu o samba-enredo Primavera. Ao longo da carreira, integrou o conjunto A Voz do Morro, ao lado de nomes como Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.
Torcedor do Vasco da Gama, teve carreira como escritor, autor dos livros Prisioneiro do Mundo e Um Certo Geraldo Pereira. Como ator, esteve nos filmes O Primeiro Dia, de Walter Salles e Daniela Thomas; Orfeu, de Cacá Diegues; e Nelson Sargento da Mangueira, de Estêvão Pantoja.
Pelo último filme, Nelson Sargento ganhou o Kikito, do Festival de Gramado, pela trilha sonora do curta-metragem.
(Fonte: Metrópoles)