O influencer catarinense Jesse Koz e o seu fiel escudeiro, Shurastey, morreram em um acidente de trânsito nos Estados Unidos
Reprodução/Instagram
A morte do influencer catarinense Jesse Koz (foto em destaque) e do seu fiel escudeiro, o golden retriever Shurastey, em um acidente de trânsito em Portland, nos Estados Unidos, na última segunda-feira (23/5), causou grande comoção entre amigos e admiradores. Nas redes sociais, muitos comentários refletem a tristeza e perplexidade dos mais próximos.
“Ainda bem que vocês aproveitaram bem a vida… descansem em paz”, disse uma seguidora no Instagram. “E você se foi como um herói”, disse outro seguidor. “Que vcs encontrem a luz por onde estiverem”, disse um terceiro. “A viagem segue em outro plano”, lembrou outra. “Viajaram para sempre”, completou Fernanda Tavares, amiga próxima de Jesse.
Jesse postava a viagem nas redes sociaisInstagram/Reprodução
Jesse era conhecido por viajar ao redor do mundo em seu FuscaReprodução/Instagram
Jesse e cão morreram em acidente nos Estados Unidos Reprodução/Instagram
Um sonho, um Fusca e um melhor amigo de quatro patas para acompanhá-lo. Jesse Koz, dono do projeto “Shurastey or Shuraigow?”. Aos 29 anos, o jovem morador de Santa Catarina estava muito próximo do Alasca, destino de uma viagem que começou há cinco anos.
Jesse estava insatisfeito com a vida que levava em 2017, quando era vendedor em um shopping e estudante de Educação Física em Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Decidiu fazer algo para si mesmo e “chutar o pau da barraca”. Ou melhor, conseguir uma barraca. Vendeu o pouco que tinha (um micro-ondas, videogame, televisão e motocicleta), comprou um Fusca 1978, pegou o cachorro de 2 anos e meio e caiu no mundo com R$ 10 mil na conta.
O Fusca foi batizado de Dodongo, uma referência a um jogo que gostava quando criança. O nome do cachorro e do projeto veio de uma adaptação inspirada na música “Should I Stay or Should I Go” (traduzido do inglês Devo Ficar ou Devo Ir), sucesso da banda The Clash, da qual Jesse gostava muito.
Inspirado em um grupo de mochileiros no Facebook, o então jovem desempregado viu que era possível viajar com pouco. A liberdade que tanto sonhava parecia mais real. O coração vibrou, como escreveu Jesse na internet, e ele deixou o país.
“Eu não tinha feito nada tão extraordinário na minha vida e ter chegado e vencido todas as dificuldades, principalmente dos últimos 220 quilômetros debaixo de neve e com gelo na pista, foi incrível”, contou à época.
Em 2020, a pandemia obrigou uma pausa no trajeto para o Alasca. Depois de meses esperando que a fronteira no México reabrisse, Jesse voltou ao país de origem. Nesse ano, retomou as aventuras em direção ao Alasca. Nesta semana, entraria no Canadá para em breve chegar ao último destino.
Mas a colisão frontal trouxe um ponto final inesperado e triste à história. Shurastey, o fiel escudeiro, morreu também no acidente.
De acordo com informações da imprensa local, o Fusca de Jesse teria tentado desviar de um engarrafamento, perdeu o controle do veículo e foi parar em outra pista, batendo em um Ford Escape que vinha na direção contrária.
No Instagram, Jesse Koz usava a frase “Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão”.
(fonte: Metrópoles)