Um esporte tradicionalmente branco ganhou cor e um talento raros. Nesta sexta-feira (2), na terceira fase do Aberto dos Estados Unidos, Serena encerrou a carreira aos 40 anos. Foi numa batalha diante de uma adversária 11 anos mais jovem, e mais bem colocada no ranking mundial.
Serena, que quase não havia jogado este ano, endureceu o primeiro set contra Ajla Tomljanović, da Austrália. Chegou a empatar o jogo, vencendo o segundo set com bolas incríveis. E, como um símbolo do que foi a própria carreira, resistiu. Adiou por cinco vezes o ponto final da australiana, que fechou o jogo por dois sets a um, em três horas e cinco minutos.
Serena foi ovacionada. Chorou, e fez chorar.
Emoções vividas na Arthur Ashe, a quadra principal do Aberto dos Estados Unidos. É o maior estádio de tênis do mundo. Vamos combinar: não haveria palco mais adequado para a despedida da maior de todos os tempos. Quase 30 anos de uma carreira brilhante.
Foram 73 títulos individuais, 23 nos chamados Grand Slams, os maiores torneios do mundo. Entre homens e mulheres, ninguém venceu mais do que ela no tênis profissional.
“Claramente ainda sou capaz de jogar, mas preciso de mais do que isso”, disse Serena Williams na entrevista. “Eu sou uma mãe e, para o mundo fora do tênis, eu ainda sou bem jovem. E quero aproveitar um pouco da vida pela frente”.
(G1 Jornal / Nacional)