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Casagrande revela motivo de ídolos do Tetra e Penta não irem ao velório de Pelé

Ex-jogadores contou detalhes de duas histórias que ocorreram há alguns anos e relembrou fatos que comprovam uma espécie de “mágoa” dos campeões do mundo

Créditos: Reprodução de Vídeo
Henrique Rodrigues

O ex-jogadores e comentarista Walter Casagrande Júnior explicou em sua coluna no UOL, publicada na quarta-feira (4), o real motivo dos integrantes das equipes do Tetra e do Penta não terem ido ao velório do Rei Pelé, que faleceu em 30 de dezembro e foi sepultado na última terça (3). Casão relembrou, para esclarecer sua versão, alguns fatos públicos que envolveram esses atletas e o maior jogador de futebol da História.

Segundo Casagrande, que antes de explicar as “mágoas” fez questão de dizer que não estava generalizando, embora esse fosse o sentimento da maioria desses ex-jogadores, com os boleiros do Tetra o problema foram as críticas feitas por Pelé ao time no decorrer da Copa do Mundo dos EUA, em 1994.

“Em 1994, a seleção que seria tetra nos Estados Unidos foi muito criticada pela grande maioria dos jornalistas, pelo futebol truculento que apresentava. Demorou para nós entendermos que o Parreira se preocupou em ganhar o título, em fazer o Brasil sair da fila de 24 anos sem uma Copa do Mundo. Hoje eles são muito reconhecidos, merecidamente, pelo que fizeram. Mas não engoliram as críticas de ninguém, nem do Pelé!”, contou Casão.

Ele recuperou um problema ocorrido entre o astro daquele time, Romário, e o Rei do Futebol, sobre quem o Baixinho certa vez disse que “o Pelé calado é um poeta”.

Já a mágoa dos jogadores do Penta, conquistado na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul, em 2002, por conta também de críticas à equipe, teria ficado mais explícita com a atitude até certo ponto de pouca educação de Cafu, o capitão, que na hora de receber a Taça da FIFA pela conquista do mundial, que veio nas mãos de Pelé, mandou, apontando com as mãos, que o Atleta do Século colocasse o troféu numa bancada onde subiu, de forma insistente, para não ter que pegar o objeto das mãos dele. À época, tal postura foi bastante criticada.

Casagrande ressaltou que a única exceção nessa história toda foi de Mauro Silva, integrante do elenco de Parreira, de 1994, que foi à cerimônia de sepultamento de Pelé, enquanto que todos os outros ex-colegas jamais dedicaram qualquer outra conquista ao mais notório jogador de todos os tempos.

(Fonte: Forum)