Caso a fusão não seja aprovada pela CMA, uma nova tentativa de comprar a Activision Blizzard vai ter que esperar pelo menos uma década
Créditos: Divulgação/Activision
A decisão da CMA de bloquear a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft deve trazer consequências a longo prazo para as duas empresas. Caso o apelo aberto por elas seja negado, o órgão regulatório tem o poder de impedir que uma nova tentativa de fusão seja feita por pelo menos uma década.
A informação surgiu no fórum ResetEra, no qual há uma longa discussão sobre as conclusões finais que a entidade regulatória apresentou junto à sua decisão. Nelas, a CMA observa que “suas práticas normais seriam impedir uma fusão futura entre as Partes nos próximos dez anos, na ausência de uma mudança nas circunstâncias”.
Com isso, faz bastante sentido que tanto a Activision Blizzard quanto a Microsoft estejam dispostas a apelar da decisão, por mais demorado que o processo possa ser. Mesmo que isso signifique que a dona do Xbox vai ter que pagar bilhões em multas, suas perdas em potencial seriam ainda maiores caso ela desistisse do processo.
CMA é contrária à compra da Activision Blizzard
A conclusão publicada pela CMA também mostra que a entidade não foi convencida pelos argumentos e ações que a Microsoft tomou para provar que não queria manter a exclusividade sobre Call of Duty. Segundo o órgão, os acordos feitos pela empresa “não fornecem evidências confiáveis” de que seu comportamento vai se manter após o fim do processo de aquisição.
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“A Microsoft pode ter incentivos de curto prazo para firmar esses acordos para tratar das questões da incorporação, mas isso não é informativo sobre seus incentivos comerciais de longo prazo”, afirmou a CMA. Ela também acredita que a disponibilidade do catálogo da Activision Blizzard em outros sistemas de streaming não tira da dona do Xbox a capacidade de dominar o mercado e acabar com seus competidores.
Embora a situação não seja boa para a Microsoft no momento, analistas de mercado indicam que a compra ainda pode ser finalizada, contanto que novos compromissos sejam feitos por ela. Ainda em maio, a União Europeia deve divulgar suas conclusões sobre o processo, que também precisará ganhar a aprovação da FTC norte-americana para progredir.CONTEÚDO RELACIONADO