Colorado pressionou o Bragantino na saída de bola, criou chances, mas chegou ao quarto jogo sem balançar as redes no empate por 0 a 0
Foi apenas a estreia de Eduardo Coudet. Até por isso, o empate em 0 a 0 com o Bragantino dá indícios de um Inter que ganha margem para evolução. O time não desistiu e pressionou o adversário ao longo dos 90 minutos no Nabi Abi Chedid. Todavia, ainda precisa aprimorar a finalização. A seca de gols impede o crescimento no Brasileirão.
Bragantino 0 x 0 Internacional – Melhores Momentos – 16ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2023
Coudet montou o Colorado como gosta. A equipe atuou no 4-1-3-2. Promoveu a entrada de Rochet no lugar de John e o uruguaio não decepcionou. Fez, pelo menos, duas boas defesas. Também sacou Rômulo para a volta de Johnny. O americano conseguiu proteger a zaga, inicou as jogadas e apareceu para se somar aos homens de frente. Chegou a arriscar, mas sem dificuldade a Cleiton.
– Tenho que tomar decisões. Ainda ninguém ganhou ou perdeu posição. Escolhi Rochet e Johnny por conhecimento da ideia. Ele (Johnny) já trabalhou conosco. Não queria mudar muito, não há tempo – justificou.
Apesar de três treinamentos, o Inter mostrou algo que o argentino tanto gosta. Trabalhou para recuperar a bola tão logo a perdia. Buscou abafar a saída de jogo do Massa Bruta para já estar perto do gol de Cleiton.
– Gosto de jogar mais adiantado. Vocês sabem minha ideia, mas gostei muito da disposição dos jogadores. Fizeram um grande esforço. Cada bola precisa ter um companheiro perto. É diferente. Falo a mesma coisa: trabalhar.
Alan Patrick atuou mais adiantado, com De Pena na direita, Aránguiz centralizado e Wanderson pela esquerda na trinca de meias.
O Colorado trabalhou para criar oportunidades e não deixar Valencia isolado, algo que apareceu nas partidas sob o comando de Mano Menezes. Foram 10 finalizações na partida, cinco no alvo. O equatoriano chegou a acertar a trave na melhor chance.
Só que, como eternizou o Skank em “É uma partida de futebol”, “bola na trave não altera o placar”. Já são quatro jogos sem balançar as redes. O Inter segue com o terceiro pior ataque, com apenas 13 gols em 16 rodadas, uma média de 0,81 por jogo.
Coudet gosta de ter a posse de bola, mas o Bragantino ficou com 53%. O time deu 366 passes, mas errou 80. O argentino entende que é importante estar perto dos 500.
– Não é que não gostei, mas quero mais saída de jogo. Acho que melhoramos no segundo tempo. Isso vem com trabalho para sair com a bola limpa. Fizemos 365 passes. Acho que meus times não podem fazer menos de 500. É passe para crescer, adiantar a linha, criar dificuldade e ganhar. A posse de bola normalmente é maior. Eu gosto de números. Saímos do Atlético-MG com 64% de posse – disse.https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.581.0_pt_br.html#goog_170248668Reproduzir vídeoReproduzir–:–/–:–Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia
A marcação adiantada Colorada permitiu um contra-ataque de Sorriso, que saiu em disparada, invadiu a área e chutou, mas Bustos conseguiu desviar. A sequência do trabalho servirá para minimizar estes espaços cedidos.
O período escasso de trabalho permitiu que Coudet pincelasse as ideias. Ainda falta lastro para que seja pavimentado. A semana sem jogos servirá para que avance os conceitos.
O Inter encerra a rodada na 10ª posição com 23 pontos. A diferença para o G-4 aumentou para cinco pontos. A equipe vem de derrota para o Fluminense e empates com Cruzeiro, Palmeiras e Bragantino. O próximo compromisso será no sábado, às 16h, diante do Cuiabá, no Beira-Rio.
(GE)