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Rebeca Andrade quer representar “todas as mulheres incríveis” com novo solo

Rebeca Andrade no treino de pódio do Mundial de ginástica artística — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Campeã olímpica revela bastidores da criação de coreografia com hits de Beyoncé e Anitta e ressalta papel da representatividade feminina: “Muito de mim na série”


Embalada por hits de Byeoncé e Anitta, Rebeca Andrade apresentou nesta sexta-feira seu novo solo no treino de pódio do Mundial da Antuérpia, uma espécie de ensaio geral da ginástica artística. Assim como o sucesso de “Baile de Favela”, a coreografia ressalta o funk e bombou nas redes sociais. A campeã olímpica e mundial revelou os bastidores do processo de criação da série e ressaltou a importância que deu à representatividade feminina ao performar ao som de duas divas do pop internacional.

– Depois do Baile de Favela começamos a pensar qual seria a minha música de solo. Foi um processo longo e a muitas mãos. Eu tinha algumas diretrizes: representatividade, mulheres e, claro, algo que me tocasse e que eu pudesse transmitir minha energia para todos. Espero que todos gostem. É um carinho ao Brasil, ao mundo e a todas as mulheres incríveis – disse Rebeca.

sportv 3 transmite ao vivo todas as finais do Mundial da Antuérpia a partir de terça-feira, e o ge acompanha em tempo real os brasileiros nas disputas por medalhas.

O hit “End of Time”, de Beyoncé, abre a nova composição da música de Rebeca Andrade. A maior parte da coreografia, porém, é mais uma vez tomada pelo funk, no embalo de “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta (Rafael Castilho e DJ Pimpa). “Baile de Favela” também está presente, uma homenagem à música que bombou nas Olimpíadas de Tóquio.

– Escolhi três músicas que fazem parte da minha vida e do meu dia a dia, aquelas que escutamos todos os dias. Minha equipe entendia que teria que ter muito de mim na série. Quem me acompanha sabe que gosto de dançar. Dessa forma, pude colocar muita entrega e fazer parte desse processo. Desde a construção da música até a parte coreográfica, pensei em cada pose e movimento, e a equipe estava muito empenhada para fazer o melhor – disse a campeã olímpica.

A nova coreografia de Rebeca foi uma construção guardada em segredo nos últimos meses. Ao lado do coreógrafo Rhony Ferreira, a ginasta treinava sozinha, após todas as colegas, no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro. Quando não era possível ter o ginásio só para si, passava a coreografia sem música. Só na reta final de preparação para o Mundial os outros membros da seleção brasileira puderam acompanhar os treinos, mas respeitaram o pedido de não fazer gravações para manter tudo em sigilo.

– Mantivemos a sete chaves. A ideia era fazer todo o processo de construção com tranquilidade. Ao final desse trabalho, eu teria que me sentir pronta para apresentar e, mais do que isso, representar – disse Rebeca, que contou participou de todo o processo de criação da série ao lado de Rhony e de Bruna Martins, coreógrafa da seleção.

Rebeca Andrade no treino de pódio do Mundial de ginástica artística — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Rebeca Andrade no treino de pódio do Mundial de ginástica artística — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Depois de quatro anos embalada com o “Baile de Favela”, Rebeca precisava mudar sua coreografia nesta temporada, seguindo as regras da FIG (Federação Internacional de Ginástica). Nesta segunda-feira, a partir das 8h (de Brasília), ela apresenta pela primeira vez em competição o novo solo na classificatória do Mundial da Antuérpia. O torneio na Bélgico é o principal evento pré-olímpico da modalidade e vai distribuir 130 vagas para os Jogos de Paris 2024.

(GE)