No pior jogo da ‘era Diniz’, seleção empata por 1 a 1 e perde a liderança das Eliminatórias Sul-Americanas
Neymar lamenta chance perdida
GIL GOMES/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO – 12.10.2023
Em partida pouco inspirada e com muitos erros na definição de jogadas, o Brasil tropeçou em casa e ficou no empate por 1 a 1 contra a Venezuela, nesta quinta-feira (12).
A Canarinha abriu o placar no início do segundo tempo com o zagueiro Gabriel Magalhães, e os venezuelanos empataram com um golaço de Eduard Bello, aos 40 minutos da etapa final.
Com a igualdade no placar, o time de Fernando Diniz chega aos 7 pontos e perde a liderança das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. A Argentina lidera o torneio, com 9 pontos, e é a única seleção invicta na disputa.
Próximas partidas
O Brasil enfrenta o Uruguai na terça-feira (17), às 21h, pela quarta rodada do torneio classificatório, no Estádio Centenario, em Montevidéu. No mesmo dia, às 18h, a Venezuela recebe a seleção chilena, em Monagas.
O jogo
O primeiro tempo da seleção brasileira não lembrou nem um pouco as ideias de futebol de Fernando Diniz. O Brasil até começou bem nos 15 minutos iniciais, empurrou os adversários para a primeira faixa do campo e criou chances e praticamente monopolizou a posse de bola, mas depois teve queda de produção.
As melhores oportunidades do Brasil vieram de chutes de fora da área, em tentativas de Casemiro, Rodrygo e Neymar.
Do lado venezuelano, o time cumpriu o seu papel, e, com uma defesa compacta, sofreu menos do que se imaginava. Os visitantes até tentaram conectar jogadas por contra-ataque, mas sem levar tanto perigo.
Gol no início da segunda etapa para dar tranquilidade
Gabriel Magalhães comemora o gol marcado
ADRIANO MACHADO/REUTERS – 12.10.2023
Ainda sem se impor, o Brasil conseguiu abrir o placar em lance de bola aérea, um dos pontos fortes deste time. Aos cinco minutos, Neymar cruzou a bola na área e encontrou o zagueiro Gabriel Magalhães, que se antecipou do marcador para cabecear e estufar a rede.
Titular em todas as partidas sob o comando de Diniz, o defensor do Arsenal marcou seu primeiro gol com a camisa da seleção.
Com a vantagem no placar, o time brasileiro parecia mais leve em campo. Somado a uma Venezuela mais aberta, dando espaços, a expectativa era de que os donos da casa aumentassem a vantagem, a fim de construir o resultado com mais tranquilidade.
No entanto, o Brasil teve muita dificuldade na definição das jogadas. Ao longo da etapa final, a equipe teve inúmeras chances de “matar” o jogo, mas falhou no último e decisivo toque.
A dupla Neymar e Vini Jr., reunida depois de 306 dias na mesma equipe, não funcionou. Os dois até tentavam conversar nas jogadas, mas não tiveram sucesso.
O tempo de jogo foi passando, e a Venezuela, fiel ao seu plano, conseguiu chegar ao empate com uma pintura de Eduard Bello, aos 40 minutos do segundo tempo.
Golaço de Bello para empatar a partida
NELSON ALMEIDA / AFP – 13.10.2023
Gerson falhou na marcação, e Cásseres girou em cima dele, encontrou Savarino pela direita do campo, que cruzou na área e encontrou Bello, que, de voleio, chutou no canto, deixando Ederson sem reação.
Os donos da casa ainda tentaram, nos minutos finais, chegar ao gol, mas sem sucesso. Os comandados de Diniz ouviram vaias da torcida, após uma atuação medíocre contra um adversário frágil.
Ficha técnica
Brasil X Venezuela
Eliminatórias da Copa do Mundo 2026 — América do Sul
Terceira rodada
Data e hora: 12/10/2023, às 21h30 (de Brasília)
Local: Arena Pantanal, Cuiabá
Árbitro: Kevin Ortega (PER)
Assistentes: Michael Orue (PER) e Jesus Sanchez (PER)
VAR: Carlos Orbe (ECU)
Cartões amarelos: Yangel Herrera (VEN); Tomas Rincon (VEN); Richarlison (BRA)
Gols: Gabriel Magalhães (BRA); Eduard Bello (VEN)
BRASIL: Ederson; Guilherme Arana, Gabriel Magalhães, Marquinhos, Danilo (Yan Couto); Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson), Neymar; Rodrygo, Richarlison (Gabriel Jesus), Vinícius Jr. (Matheus Cunha). Técnico: Fernando Diniz
VENEZUELA: Romo; Makoun, Wilker Ángel, Osorio, González; Tomas Rincon (Júnior Moreno), Yangel Herrera (Cásseres), Sosa (Eduard Bello), Machís (Soteldo); Salomon Rondon, Córdova (Savarino). Técnico: Fernando Batista
(R7 Esporte)