Game que deve ser lançado em 7 de dezembro foi comparado a ‘Far Cry’, mas cria ambientes muito mais interessantes do que a franquia. G1 jogou quatro missões em prévia da Ubisoft.
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O maior desafio – e o maior atrativo – de “Avatar: Frontiers of Pandora” era levar os jogadores ao belo e rico mundo criado por James Cameron nos filmes, dois sucessos gigantes de bilheteria. Pelas quatro missões que o g1 pôde jogar em prévia organizada pelos desenvolvedores, o game se sai muito bem nesse objetivo.
Com lançamento previsto para 7 de dezembro em PlayStation 5, Xbox Series X/S, Amazon Luna e computadores, o jogo baseado na série cinematográfica coloca o público na pele de um Na’vi, aquele povo alto e azul com cara de gato inventado pelo diretor.
Como um game de tiro em primeira pessoa com muitos ambientes selvagens e bases inimigas para dominar desenvolvido por um dos estúdios da Ubisoft, “Frontiers of Pandora” recebeu muitas comparações com “Far Cry”, outra franquia famosa da publicadora francesa – mas é muito mais do que isso.
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Assista ao trailer de ‘Avatar: Frontiers of Pandora’
Um novo Na’vi
A história do game se passa entre os acontecimentos do primeiro filme, de 2009, e “O caminho da água” (2022). Nele, o jogador pode criar a aparência de seu próprio personagem, um Na’vi raptado e criado por humanos como parte de um programa militar.
Ao acordar depois de 15 anos em animação suspensa, o protagonista descobre que foi abandonado e precisa explorar uma região desconhecida de Pandora, se reconectar às suas raízes e enfrentar a organização que o sequestrou.
Para isso, além de controlar a agilidade e a força características desse povo, tem acesso a uma série de habilidades especiais e equipamentos – tanto das tribos que conhecer, quanto dos humanos que tentam dominar a lua.
Jogado em Pandora
As missões disponíveis no teste ajudaram a conhecer as possibilidades em “Frontiers of Pandora”. A primeira delas, bem básica, exigia o uso da visão sensível dos Na’vi para encontrar itens na natureza.
Logo de cara, fica claro o acerto em escolher a perspectiva em primeira pessoa. Mesmo com limitações de resolução por causa do formato da prévia, algo que deixaria o perfeccionista Cameron com úlceras, a Pandora do jogo é tão rica quanto a dos filmes – e quase tão bonita.
Se os roteiros da série cinematográfica nunca foram lá essas coisas, simplesmente não dá para falar o mesmo do mundo criado pelo diretor. De longe, este é o maior trunfo do jogo.
‘Avatar: Frontiers of Pandora’ — Foto: Divulgação
A jornada é melhor do que o destino
O ponto alto do teste foi mesmo toda a jornada até criar a sonhada conexão com o ikran, aquelas bestas aladas controladas pelos Na’vi.
Voar com eles por entre as montanhas flutuantes ou as árvores gigantescas da lua é legal, claro, e abre inúmeras novas possibilidades, mas a viagem até chegar a um deles mostra a riqueza do mundo aberto oferecido pelo jogo.
Mais do que isso, faz com que o elo criado seja mais do que apenas um objetivo, mas uma conquista. Pode ser algo minuciosamente criado para a prévia, mas, se as demais missões da campanha principal tiverem uma fração da qualidade desta (que, aliás, não exige um só tiro), tem tudo para garantir horas divertidíssimas.
Expectativa alta
Para finalizar, o grande momento que todos comparam com “Far Cry”: a invasão e o confronto em uma base inimiga.
Assim como na franquia de tiro, é possível escolher a furtividade ou o combate frontal. Por falta de tempo, não foi possível explorar a primeira opção.
‘Avatar: Frontiers of Pandora’ — Foto: Divulgação
A princípio, a troca aberta de tiros parece loucura. Afinal, grande parte dos humanos usa daqueles exoesqueletos dos filmes, com alto poder de fogo.
Depois de algumas mortes, no entanto, não demora para perceber que os Na’vi têm muitos truques em suas mangas – e seus arcos e flechas pesados são mais do que capazes de enfrentar a munição inimiga.
Eliminar um piloto dentro de um robozão a metros de distância é muito satisfatório.
Depois de algumas horas de teste, as impressões com “Frontiers of Pandora” são as melhores possíveis. As expectativas não estavam tão altas, mas agora são equivalentes a aguardar um jogo que pode estar entre os melhores de 2023.
Não é pouca coisa, em especial em um ano excelente com games como “The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom”, “Baldur’s Gate 3”, “Diablo 4” e “Marvel’s Spider-Man 2”.
(g1)