Mano vê Corinthians recuperado após “acidente grave” em casa e mostra alívio com fuga do Z-4

Técnico vibra com vitória por 4 a 2 sobre o Vasco, que deixa Timão perto de permanência

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Técnico do Corinthians, Mano Menezes acredita que o time está plenamente recuperado da goleada sofrida por 5 a 1 para o Bahia, na rodada passada, em casa, depois da vitória por 4 a 2 sobre o Vasco, conquistada na última terça-feira, em São Januário.Reproduzir vídeo

Coletiva do técnico Mano Menezes após o vitória fora de casa, Vasco x Corinthians.

O Timão esteve atrás em duas vezes no placar, mas virou o jogo, chegou aos 47 pontos no Brasileirão e, faltando dois jogos para terminar a participação, praticamente eliminou a chance de rebaixamento.

– Tivemos um acidente no nosso último jogo em casa, um acidente grave, grande, mas comprovamos que foi um acidente. Essa resposta em campo provou isso. Não foi uma vitória magra, o time produziu, teve comportamento, determinação, como precisa ter em jogos decisivos como esse que estamos jogando. A gente sai bem contente com isso – resumiu o treinador.

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A vitória foi conquistada com dois gols de Romero e outros dois de garotos oriundos da base: o atacante Giovane o volante Gabriel Moscardo. O treinador prometeu até usar mais jovens nas rodadas finais, com menos pressão.

– Temos garotos de muito boa qualidade, vou ressaltar aqui os méritos do Vanderlei (Luxemburgo, ex-treinador), ele que lançou os meninos num momento difícil, que era necessário. O clube jogava três competições, tinha que fazer talvez mais rápido do que deveria, emergencial demais. A gente já está colhendo os frutos, porque eles vão amadurecendo. Matheus (Araújo) pode fazer as duas funções, tanto de Giuliano pelo lado, quanto de Renato Augusto por dentro. Ele já entrou bem em Porto Alegre, em circunstância difícil no segundo tempo, fez papel bem feito. A gente quer isso, poder contar com eles. Agora, com menos pressão, talvez a gente use um pouco mais – disse, e seguiu:

– A gente já vem preparando o Giovane, ainda não está em condição ideal, mas consegue fazer a função de retenção de bola na frente, porque tem força para isso, com característica de jogar que sabe armar a jogada. Por isso foi escolhido. O Felipe também segura bola na frente, mas como a gente já estava em situação de vantagem, seria necessário segurar um pouco com qualidade para tentar matar o jogo, como a gente fez.

O Corinthians ainda vai enfrentar o Internacional, em casa, e o Coritiba, fora, antes de encerrar sua participação no Brasileirão. Para o próximo jogo, neste sábado, Mano não poderá contar com o suspenso Yuri Alberto.

Mano Menezes em Vasco x Corinthians — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Em contrapartida aos elogios aos garotos da base, Mano também cobrou respeito com os jogadores mais velhos e atribuiu sua contribuição na vitória justamente por manter o grupo tranquilo depois de um resultado péssimo como o jogo passado.

– A importância está em ter passado e vivido situações como essa no passado para não chegar, em três dias, e fazer um monte de alteração e piorar a situação. A tendência nessa hora é que ninguém presta, ninguém serve, todo mundo é velho, como eu ouço. O pessoal chama alguns jogadores nossos de INSS, o que é um desrespeito, é uma coisa que o futebol brasileiro precisa mudar. Temos que respeitar os profissionais, você perde, ganha, é campeão, disputa rebaixamento, mas não pode faltar com respeito com jogadores que têm trajetória vencedora, até exemplo de comportamento.Reproduzir vídeoReproduzir–:–/–:–Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia

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– A crítica aceitamos com naturalidade. Eu disse que tudo o que fosse falado sobre o que aconteceu na sexta a gente não tinha nada para contrapor. Eu fui para dar confiança a eles, dizer mesmo que aquilo tinha acontecido em função de coisas do futebol, até brinquei com eles que uma daquelas bolas que entraram com facilidade era de La Plata, que não entraram. Futebol tem disso, mas é num momento difícil que acontece a cobrança, ela veio, temos que aceitar e assimilar, não adianta tapar o sol com a peneira.

– Se a gente não aceitar as coisas que precisam ser feitas de forma melhor, não vamos conseguir dar uma resposta. Fui esse cara que disse para eles que confiava neles, que iria repetir a maior parte da formação, que não iria fazer mudança do dia para a noite, da água para o vinho, se fizesse isso estaríamos perto de uma nova derrota e isso complicaria nossa situação – encerrou.