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Crise de pânico: veja famosos que sofreram com a condição e conheça os sintomas

Falta de controle sobre pensamentos, taquicardia e insônia são alguns dos sinais das crises

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do transtorno do pânico, também chamada de ansiedade paroxística episódica, é um transtorno psiquiátrico que atinge de 2% a 4 % da população global.

Recentemente, o ator Marcelo Serrado compartilhou em suas redes sociais um vídeo revelando que teve duas crises de pânico em intervalos de tempo muito curtos.

“Meu coração foi na boca na hora de embarcar, chamei minha mulher no canto e contei que algo dentro de mim estava se passando. Mas agora tá tudo bem. Muito obrigado pelo suporte de vocês com as centenas de mensagens que recebi de quando estava no auge da crise de pânico nessa viagem”, disse ele em vídeo divulgado nas redes sociais.

Ela é caracterizada por crises de ansiedade (ataques de pânico) de forma recorrente e imprevisível. Devido aos sintomas serem muito parecido com um ataque no coração, como dores no peito, taquicardia, dificuldade para respirar e um medo excessivo de morrer, é comum as pessoas confundirem um ataque de pânico com um ataque cardíaco.

Serrado não é o único famoso que sofre com a condição. Confira outros três nomes:

Rafa Kalimann


Há pelo menos cinco anos, a atriz, apresentadora e influenciadora Rafa Kalimann sofre com crises de pânico. Ela foi diagnosticada após sentir que “perdeu o controle” durante uma viagem de avião. Segundo ela, os sintomas foram: uma dor profunda, falta de ar, desespero enorme, choro e medo.

— Tudo hoje me causa muito mais medo e insegurança do que antes. Porque sempre vou para algum lugar achando que vai ser um motivo para desencadear uma nova crise. Mas não quero deixar de viver e isso foi um compromisso que fiz logo no início comigo mesma, de que iria aprender a encarar tudo com muita coragem — disse em entrevista recente ao GLOBO.

A atriz afirma que quando sente que está perto de ter uma crise, se fecha em seu quarto e tenta se conectar com o íntimo. Além disso, ela faz aulas de meditação e respiração. A água também a acalma.

— Ela é a minha âncora de calmaria durante as crises, o fluxo d´água é onde consigo recuperar as minhas forças, o meu refúgio, o lugar aonde eu vou nesse momento de aflição e sufoco — diz.


Em maio do ano passado, a apresentadora Angélica falou que teve síndrome do pânico há um tempo em razão do excesso de trabalho durante uma palestra realizada no Rio Web Summit. “Eu tive síndrome do pânico também por excesso de trabalho. Nem tinha tanto essa coisa de rede social. Não se falava disso. Não tinha tanta rede social quando eu tive isso”, disse.

Ela ainda lembrou que, como começou desde muito nova, a pressão sempre esteve presente em todas as fases de sua vida. “Essa pressão que a gente sente hoje na internet e a gente tenta administrar a minha vida tinha já isso por ter começado a trabalhar muito pequena”. Angélica revela que sentiu as pressões e as crises passando quando procurou ajuda para tentar lidar com as pressões e cobranças.

Luísa Sonza

Luísa SonzaLuísa Sonza//Dri Spacca/Papelpop


Nesta quarta-feira, a cantora participou do programa “Mais Você” com Ana Maria Braga e falou sobre o diagnóstico que recebeu de crise de ansiedade há alguns anos. A artista também luta contra crise de pânico e depressão.

Sonza afirmou que não costuma implodir com as situações, e buscas as melhores alternativas para encontrar um refúgio.

“Quando estou com muito medo, com crise de pânico, ansiedade e na depressão, eu me esforço, e muito didaticamente mesmo. Emocionalmente você não tem vontade nenhuma, [só] de se afundar e acabou, mas racionalmente eu coloco na minha cabeça que eu tenho que olhar”, explicou.

Segundo ela, o que a ajudou é olhar de frente para o problema e ver que “o monstro sempre fica menor do que ele realmente é”.

Crise de pânico
As crises são episódios em que a pessoa vive um conjunto de sintomas ligados à ansiedade ao mesmo tempo, e com uma intensidade maior. Elas acontecem com uma certa frequência em pessoas com transtorno de ansiedade não tratado, podendo ser provocada por um evento estressante ou ocorrer de forma inesperada. Geralmente dura de 5 a 20 minutos, mas pode chegar a algumas horas.

Quando acontecem de maneira mais recorrente e inesperada, o especialista analisa se é o caso de uma síndrome do pânico, em vez de episódios secundários da ansiedade. A identificação do que é uma crise se dá pelo conjunto de sintomas vividos ao mesmo tempo em alta intensidade, alguns deles sendo:

Preocupações, tensões ou medos exagerados;

Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitude;

Pavor depois de uma situação muito difícil;

Insônia;

Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos);

Sudorese;

Tremores;

Ondas de calor ou de frio;

Falta de ar.

Não se sabe ainda as causas exatas para a síndrome do pânico, mas o tratamento envolve o uso de medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos e ansiolíticos; sessões de psicoterapia, com psicólogos ou médicos psiquiatras, ou ambos em conjunto. Em caso de suspeita, é preciso procurar um atendimento médico especializado, que avaliará o diagnóstico correto e indicará o melhor tratamento para o caso.

(O Globo)