Foto: Reprodução Instagram
Em 2004, uma mulher foi internada pela primeira vez em Paris após apresentar sintomas de esquizofrenia. Segundo declaração de sua mãe, que não quis ser identificada ao G1, ela nunca havia demonstrado sinais de distúrbios mentais antes. Diagnosticada com esquizofrenia há 20 anos, ela recentemente foi acusada de perseguir a atriz Débora Falabella, mas foi declarada inimputável devido ao seu quadro psiquiátrico.
Episódios psicóticos iniciais
Durante uma estadia em Paris, a mulher, então estudante, imaginou que sua colega de quarto estava tentando matá-la. Ela foi internada por 21 dias após levar uma Coca-Cola à polícia, alegando que a bebida estava envenenada. A médica francesa que a atendeu exigiu que ela fosse acompanhada por um psiquiatra no Brasil.
Vida após o diagnóstico
Formada em economia e fluente em cinco línguas, a mulher trabalhou como assessora parlamentar e tradutora juramentada. Em 2018, foi aposentada por invalidez devido à esquizofrenia. Desde 2013, ela recebia auxílio-doença do INSS após uma perícia médica atestar sua incapacidade para o trabalho.
Perseguição a Débora Falabella
A perseguição começou em 2013, quando a mulher encontrou Débora Falabella em um elevador no Rio de Janeiro. A partir daí, ela passou a enviar presentes e cartas à atriz. Em julho de 2022, a mulher foi ao condomínio de Débora em São Paulo e, em dezembro do mesmo ano, tentou contatar a atriz em uma pousada na Bahia.
Consequências legais
Em junho de 2023, a mulher foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo e, em setembro, violou medidas protetivas ao contatar Débora pelo Instagram e WhatsApp. Ela foi presa preventivamente em março de 2024 e levada à Colônia Penal Feminina do Recife. Após nova perícia psiquiátrica, sua prisão foi revogada, mas ela ainda deve cumprir medidas cautelares de afastamento da atriz.
Futuro da acusada
O advogado Diego Cerqueira afirmou que a mulher está sob vigilância da família e não tem acesso à internet ou telefone. A defesa trabalha para que ela responda pelo crime em liberdade até o julgamento, argumentando que ela é inimputável devido ao seu histórico de esquizofrenia.
(O Fuxico)