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Brasil terá delegação recorde na Paralimpíada de Paris 2024, com 280 atletas

Brasileiros disputam 20 das 22 modalidades dos jogos deste ano; únicas exceções são no basquete e no rúgbi em cadeira de rodas

Paralimpíada de Paris começou nesta quarta-feira (28), e a delegação brasileira desta edição de Jogos Paralímpicos é a maior da história. São 280 atletas: 255 esportistas com deficiência, 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

Essa também é a delegação brasileira com maior participação feminina em uma edição de Jogos Paralímpicos, com 117 competidoras.

Os brasileiros vão disputar 20 das 22 modalidades, ficando de fora apenas no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

O recorde de atletas até então tinha sido nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil teve 278 atletas disputando todas as 22 modalidades.

Novatos e experientes

De acordo com o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), 88 dos 255 atletas com deficiência vão competir em uma Paralimpíada pela primeira vez este ano. O atletismo é a modalidade com mais novatos, com 23.

O pernambucano Phelipe Rodrigues é o atleta da delegação brasileira deste ano com mais medalhas em Paralimpíadas. Ele é nadador da classe S10 (de limitação físico-motora) e subiu no pódio oito vezes nas quatro edições de Jogos Paralímpicos que disputou, tendo conquistado cinco pratas e três bronzes.

A cearense Edênia Garcia, de 37 anos, é a atleta com mais Jogos no currículo. A nadadora da classe S3 (comprometimento físico-motor) participa das Paralimpíadas desde Atenas 2004 e tem três medalhas: duas de prata e uma de bronze.

Outro nadador, o paulista Victor dos Santos Almeida, conhecido como Vitinho, é o atleta mais novo da delegação. Com 16 anos, ele vai competir na classe S9 (limitação físico-motora) nos 100m costas. O cearense Eugênio Franco, do tiro com arco, é o atleta mais velho, com 64 anos.

Medalhas

Em 11 edições do evento, o Brasil já conseguiu 373 medalhas. A média é de 33 premiações por edição, número que seria suficiente para o país romper a marca de 400 neste ano, visto que só faltam 27.

O retrospecto recente joga a favor dos atletas do Brasil. A melhor campanha do país em uma edição de Jogos Paralímpicos foi em Tóquio 2020, quando a delegação brasileira conquistou 72 medalhas: 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes.

Desde a primeira participação na Paralimpíada, em Heidelberg 1972, o Brasil levou 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes.

Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, o país também subiu ao pódio 72 vezes: foram 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O desempenho em Tóquio, contudo, é considerado melhor devido ao maior número de medalhas de ouro.

O presidente do CPB, Mizael Conrado, afirma que a participação dos atletas em Tóquio foi “histórica”, mas que a edição deste ano deve ser ainda melhor.

“Esperamos superar todas essas marcas na França. E a julgar pelos resultados no atual ciclo, temos totais condições de atingirmos tais objetivos”, garante.

(R7 Esporte)