A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, terça-feira, na Neo Química Arena, mostrou a consolidação de um Flamengo maduro, organizado e ciente de sua alta capacidade técnica. A vantagem deixa a classificação bem encaminhada e dá aos rubro-negros ainda mais motivos para euforia.
A torcida corintiana fez uma bonita festa e empurrou o time, mas em campo foi uma guerra de apenas um exército. Um exército rubro-negro que cada vez mais se desenha uma potência.
A maturidade do Flamengo passou por saber lidar com os primeiros minutos da partida, em que o Corinthians, na base da empolgação, pressionou a saída de bola e criou chances.
Passado o ímpeto inicial do rival, o Flamengo ficou mais com a bola e começou a fazer valer a grande diferença técnica, em especial de seus meias. Aos 36, Arrascaeta acertou um chute lindo, no ângulo, como um atirador de elite.
Com a vantagem, quem esperava que o Corinthians ia encurralar, se enganou. Bem organizado, o Flamengo melhorou, e no segundo tempo colocou o adversário na roda.
O gol de Gabigol, até então discreto no jogo, logo aos cinco minutos deixou tudo mais fácil. O Flamengo controlou as ações, deu a velocidade que quis ao jogo, e o Corinthians pouco ameaçou. Sem articulação, tentou finalizações de longe, defendidas com tranquilidade por Santos.
A entrada de Vidal, ao 27 do segundo tempo, fez o Flamengo ainda mais dominante e envolvente, já que o chileno passou a também controlar o meio de campo. Diante da superioridade das chances desperdiçadas por Vidal, Everton Cebolinha e Victor Hugo, o 2 a 0 ficou barato para o Corinthians.
– Eu acho que temos que ter consciência de que fizemos uma grande partida. Partida importante, madura. Dentro do que treinamos, a equipe respondeu. Você valoriza a posse de bola, sem perder a agressividade. Quando os três jogadores de frente estão agressivos no combate, a equipe sofre muito menos na defesa. A equipe encontrou uma forma de jogar e está confortável – analisou Dorival Júnior.
(GE)