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Análise: novos testes de Diniz dão resposta, Fluminense tem volume, mas segue em “modo econômico”

Martinelli de primeiro volante e encaixe de Giovanni funcionam, Flu cria, mas peca nas finalizações


O Fluminense é o único com 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca, mesmo assim muitos torcedores ainda estão com “um pé atrás” neste início de ano. A forma como o time terminou a temporada passada, a manutenção de praticamente todas as peças e a chegada de reforços de nome elevaram a expectativa sobre a equipe, que até agora não deu show e tem sido econômica nos placares contra adversários muito inferiores tecnicamente no Estadual (seu arquirrival Flamengo, por exemplo, já aplicou duas goleadas em três jogos com sua força máxima). Mas é possível olhar o copo tricolor “meio cheio”.

Jogadores do Fluminense comemoram vitória sobre Madureira — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Jogadores do Fluminense comemoram vitória sobre Madureira — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Tirando a partida contra o Nova Iguaçu, onde jogou com uma escalação nova e naturalmente desentrosada, o Fluminense do 2 a 0 sobre o Resende na estreia para a vitória por 1 a 0 em cima do Madureira, na noite de domingo no Kleber Andrade (veja os lances no vídeo abaixo), nitidamente evoluiu em desempenho, tanto na parte física quanto na técnica. O time continua sem sofrer gols (tem a melhor defesa do Carioca), e os novos testes feitos por Fernando Diniz, um forçado e outro por opção, deram uma resposta positiva.

Sem André, liberado para ficar no hospital com o filho que nasceu prematuro, e sem Felipe Melo, que seria o substituto natural, mas ficou no Rio de Janeiro treinando com o outro grupo de atletas, o técnico surpreendeu na escolha. Ao invés de optar por Lima, como se esperava, ele recuou Martinelli e escalou Giovanni pela primeira vez como titular.

E os garotos foram bem. O volante chamou a responsabilidade nas saídas de bola e na marcação (foi o segundo que mais desarmou do Fluminense com três desarmes, só atrás de Manoel, com quatro), e ainda apareceu no ataque na jogada do gol. Já o meia mostrou personalidade com dribles, tabelas e chutes enquanto teve fôlego. Ambos demonstraram ser opções para as funções se Diniz precisar.Reproduzir vídeo

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O jogo em si teve um ritmo de treino, mas com o Fluminense dominante, principalmente no primeiro tempo, onde Fábio foi mero espectador. A partida esteve o tempo todo sob o controle do Tricolor Carioca, que teve 91% de precisão de passes (acertou 634 e errou 58) e pecou (e muito) na hora de concluir. O time terminou com 69% de posse de bola, 19 finalizações contra nove do Madureira, e oito chances de gols (número próximo ao que obteve em muitos jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado, por exemplo).

Scout – Madureira x Fluminense

QuesitoMadureiraFluminense
Posse de bola31%69%
Finalizações919
Chances de gol38
Desarmes2115
Precisão de passes77%91%
Escanteios37
Impedimentos33

Fonte: ge

Além do gol de Arias logo no início, teve a cabeçada de Cano completamente livre no travessão, aos 31 minutos; uma bola que caiu nos pés de Yago com liberdade na entrada da área, mas ele com o ângulo aberto isolou aos 36; no começo do segundo tempo, Yago saiu cara a cara com Dida e tentou um tapinha para tirar do goleiro, que esperou e levou a melhor; aos 14, Arias recebeu um bolão de Martinelli na área, mas chutou em cima do goleiro; Keno cabeceou para boa defesa aos 20; Martinelli pegou um rebote na área aos 30 e também parou no camisa 1; e Keno, nos acréscimos, parou no arqueiro em chute à queima-roupa.Reproduzir vídeoReproduzir–:–/–:–Silenciar somTela cheia

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Diniz reclamou na entrevista coletiva do número de chances que o time cedeu ao Madureira, mas oportunidades de gol mesmo não foram muitas. A bola na trave de Marcellinho no início do segundo tempo foi um chute de longe, e quando o atacante entraria cara a cara o goleiro saiu da área e chegou primeiro na bola.

As três chances do Tricolor Suburbano foram: uma arrancada de Luiz Paulo que sairia na cara de Fábio, mas se precipitou ao chutar antes da hora aos 22 minutos; aos 40, de novo Luiz Paulo entrou livre e invadiu a área, mas demorou demais a finalizar e foi desarmado por Nino; e o chute de Rafinha no cantinho de Fábio, que se esticou todo, no início do segundo tempo.

Keno em ação pelo Fluminense contra o Madureira — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Keno em ação pelo Fluminense contra o Madureira — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Quem entrou novamente muito bem foi Keno. Arisco, o atacante infernizou a defesa adversária no segundo tempo e esteve diretamente envolvido em três chances claras do Fluminense. Além da sua cabeçada e do chute defendidos por Dida, ele também iniciou a jogada que terminou na finalização na área de Martinelli em cima do goleiro. Dos sete reforços, é quem mais vem pedindo passagem. A tendência é que ele seja titular na próxima partida, porém, mais uma vez na equipe considerada reserva em meio ao rodízio.

A vitória sobre o Madureira manteve o Fluminense na segunda colocação do Carioca com nove pontos, um atrás do líder Flamengo, que tem um jogo a mais. Os jogadores retornaram do Espírito Santo ainda no domingo, em voo fretado, e se reapresentam na tarde desta segunda-feira no CT Carlos Castilho. O Tricolor volta a campo na próxima quinta, quando receberá o vice-lanterna Boavista, às 21h10 (de Brasília), no Maracanã.

(GE)