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Análise: Vitória controla o meio de campo para superar o Bahia e ser campeão baiano após seis anos

Rubro-Negro trava adversário com 10 e 11 jogadores e leva título com justiça


– Nosso jogo é baseado neles (meio-campistas).

A aspa é de Rogério Ceni, ainda no início da temporada, ao falar sobre Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro. Mas cabe também para Léo Condé explicar como o Vitória superou o badalado time do Bahia. O empate em 1 a 1 que valeu o título baiano de 2024 passou pelos meio-campistas rubro-negros. Um jogo baseado em Willian Oliveira, Dudu, Rodrigo Andrade e Matheusinho.

Confira os gols de Bahia 1 X 1 Vitória pelo Campeonato Baiano

Lucas Arcanjo; Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e PK; Willian Oliveira, Dudu, Rodrigo Andrade e Matheusinho; Osvaldo e Alerrandro. Léo Condé repetiu o onze inicial do Vitória e viu o time emular as boas atuações dos últimos Ba-Vis, com um meio de campo que é capaz de travar o rival e também fazer o Rubro-Negro jogar.

Neste sentido, Matheusinho, Dudu e Rodrigo Andrade foram os protagonistas. Mas outros jogadores foram bem pelo Vitória na Arena Fonte Nova. A começar por Wagner Leonardo, com atuação indefectível na zaga, e um gol marcado. Ele balançou as redes em um momento de pressão rubro-negra, com três escanteios em sequência.

O Vitória estava confortável na Arena Fonte Nova. Tão confortável que sofreu um gol de contra-ataque. Mas o empate não mudou a postura dos comandados de Léo Condé, que seguiram com controle no meio de campo, freando o Bahia no setor mais importante do tricolor. Everton Ribeiro, Cauly e companhia não conseguiram jogar.

Jogadores do Vitória reunidos antes do Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

E como explicado anteriormente, o meio de campo do Vitória também foi capaz de jogar na fase ofensiva. Aos 29 minutos, Matheusinho e Dudu esconderam a bola no setor e colocaram Osvaldo na cara do gol. O atacante foi derrubado por Rezende, que impediu a finalização, mas pagou caro por isso: foi expulso.

A partir dali o jogo ganhou um novo roteiro. E embora tenha levado um susto ou outro, o Vitória teve sempre o controle da partida. O pecado rubro-negro na Fonte Nova foi não fazer o segundo gol mesmo com muitas chances criadas. Elas começaram a aparecer ainda no primeiro tempo e seguiram até pouco antes do apito final.

O empate fazia do Vitória campeão, mas durante a segunda etapa Léo Condé mostrou que queria mais. Tirou o amarelado Dudu e foi para cima com Iury Castilho. Depois renovou o gás lá na frente com as entradas de Zé Hugo e Mateus Gonçalves.

As mudanças do Vitória:

  • Iury Castilho no lugar de Dudu aos 11’ do 2ºT;
  • Caio Vinícius no lugar de Rodrigo Andrade aos 24’ do 2ºT;
  • Mateus Gonçalves no lugar de Osvaldo aos 25’ do 2ºT;
  • Zé Hugo no lugar de Alerrandro aos 29’ do 2ºT;
  • Lucas Esteves no lugar de PK aos 29’ do do 2ºT.
Juba e Rodrigo Andrade no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Juba e Rodrigo Andrade no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O time produziu o suficiente para aumentar o placar, mas a tarde não era dos atacantes, que perderam muitos gols (principalmente Alerrandro e Iury Castilho). Matheusinho também poderia ter feito melhor em algumas finalizações.

Ao não marcar o segundo gol, o Vitória deixou o Bahia vivo até os minutos finais da partida. Mas não é exagero dizer que até o risco foi controlado. Prova disso é que Lucas Arcanjo não precisou fazer defesas importantes na segunda etapa. A maior parte dos danos foi contido ainda no meio de campo.

Matheusinho foi destaque do Vitória no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Matheusinho foi destaque do Vitória no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Embalado pelo 30º título estadual, o Vitória ganha uma semana para descansar e direciona as atenções para o Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Rubro-Negro estreia contra o Palmeiras, no Barradão, às 18h30 (horário de Brasília). Um novo desafio para Léo Condé e os meio-campistas do Leão.

(Ge)