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Angélica conta que a descoberta da meditação a ajudou a superar crises de pânico: ‘Me fez ver a vida de outra forma’

Ela está completando 47 anos de vida e traz na bagagem uma carreira de sucesso na TV. Vivendo um novo momento, tanto pessoal quanto profissional, Angélica hoje olha para trás e agradece até mesmo as adversidades que enfrentou pelo caminho. Com uma visão de mundo mais madura, a apresentadora aproveita o tema do último Simples Assim, que fez um estudo sobre superação, para lembrar de traumas do passado e contar como a ioga e a meditação a ajudaram a abrir a mente para receber o novo e lidar com as crises de pânico que a acometeram nos últimos anos.

Reprodução/Instagram

Com este pensamento, Angélica aproveita para lembrar do início da carreira quando, aos 4 anos, fez sua primeira aparição na TV durante o programa do Chacrinha, em uma tentativa da mãe para que superasse o trauma de um violento assalto sofrido pela família, em que a casa foi invadida e seu pai acabou baleado com vários tiros. “Comigo foi assim no meu começo de carreira, depois de um assalto, uma coisa horrorosa que aconteceu na vida da gente, comecei a fazer televisão, descobri minha vocação, por causa de algo tão ruim”, recorda.

Depois disso, a apresentadora ainda passou por outros traumas, como o acidente aéreo que sofreu com a família em 2015, quando o avião bimotor em que voltavam de uma viagem ao Pantanal teve que fazer um pouco forçado. “Depois do susto, acho que tiramos muita coisa positiva de algo tão negativo como foi o acidente. Primeiro, essa união familiar. Como estávamos todos juntos, o sentimento de um era o sentimento de todos. Vivemos uma experiência muito forte para a alma, só que todo mundo viveu isso junto, então um sabia mais ou menos o que o outro estava sentindo”, reflete.

Ela lembra que cada um acabou enfrentando este trauma de uma forma e, quando tudo parecia ter voltado ao normal, foi ela quem precisou de ajuda. “As crianças e o Luciano resolveram isso do jeito deles e eu também achei, no início, que tinha resolvido. Mas é um trauma muito forte, que fica tatuado na alma de cada um e você só ameniza os danos, né? Apesar do grande aprendizado positivo que tivemos, de dar valor às coisas que realmente importam, o que vivemos ali e as sensações que tivemos naqueles quatro minutos da queda do avião foram muito específicas. Foram quatro minutos muito intensos, de a vida passar mesmo toda pela cabeça, de um silêncio quase bom, todos quietos ali esperando acontecer alguma coisa pior, na verdade, e no final aconteceu o melhor, ficou todo mundo bem. Cada um metabolizou isso de um jeito”.

Os sintomas de que ainda não havia superado totalmente as angústias do acidente só apareceram um ano depois. “Achei que tinha resolvido, porque faço análise há muito tempo, e fiquei bem. Um ano depois do acidente, talvez quando vi que as crianças já tinham resolvido isso na cabecinha delas e o Luciano já estava bem, porque ele tinha machucado uma vértebra, aí caiu a ficha para mim e comecei a ter umas crises de pânico”.(Fonte: Globo.com)