Inspirada por Vini Jr. e Rodrygo, jogadora montou estrutura enorme para treinar em casa. Mas, ao contrário dos craques do Real Madrid e da Seleção Brasileira masculina, Gabi gasta a metade do que ganha por mês no Madrid Club para ter preparador físico, psicólogo, analista de vídeo e fisioterapeuta à disposição.
Atacante Gabi Nunes investe metade do salário na preparação para a Copa do Mundo
A Seleção Brasileira segue treinando para a Copa do Mundo Feminina de futebol. E a atacante Gabi Nunes contou com uma preparação especial para estar no Mundial.
O nome do jogo mostrado na reportagem é futmesa. Recreação, mas elas levam à sério. E quem manda no espaço na concentração da seleção é a Gabi Nunes, dona de um cabeceio que mais parece um chute.
No campo, 11 contra 11, as cabeçadas também são o ponto forte dela. O primeiro gol no último amistoso da seleção contra o Chile foi assim. “É uma coisa treinada. Eu já fiz muito isso, independente de onde a bola vem, eu consigo ajeitar o meu corpo para cabecear a bola forte”, diz Gabi Nunes.
Apesar do talento, a atacante de 26 anos está a caminho da primeira Copa. A cicatriz no joelho direito explica muito. A Gabi Nunes teve muitas lesões durante a carreira, mas isso mudou após começar a trabalhar em casa com uma equipe multidisciplinar.
“Então, faz um bom tempo que eu não tenho lesão, e é isso que me ajuda a estar preparada como eu tô hoje”, diz a jogadora.
O corte da Copa América de 2022 por causa de uma lesão muscular fez a Gabi Nunes repensar a rotina dela. Morando em Madrid, na Espanha, a atacante precisou apenas conversar com uns amigos brasileiros de lá para entender qual a melhor forma de preparar o corpo e garantir vaga na seleção.
“Ah, quando eu cheguei na Espanha tive mais uma proximidade ali do Vini e do Rodry, conheci eles, acompanhava pelo Instagram e também via um pouco eles fazendo, então isso me chamou bastante atenção, porque além deles treinar em alto nível no grande clube que eles estão, eles também treinavam a parte”, conta Gabi.
Vini e Rodry são eles mesmos: Vinicius Jr. e Rodrygo, craques do Real Madrid da Seleção Brasileira masculina. Os dois têm uma estrutura enorme para treinar em casa. A diferença é peso disso no orçamento. Para ter preparador físico, psicólogo, analista de vídeo, e fisioterapeuta à disposição, a Gabi gasta a metade do que ganha por mês no Madrid Club de Fútbol Femenino.
“A gente não tá na melhor realidade de pagar assim tão fácil, mas eu sabia da importância, então eu abri mão de algumas coisas pessoais”, conta a jogadora.
Mas enfim chegou à Copa, e usando a cabeça para fazer bem mais do que gols.
(G1)
