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Bernardinho volta a ser técnico da seleção masculina de vôlei

Bernardinho celebra a vitória na final das Olimpíadas do Rio — Foto: Reuters

Treinador assume vaga deixada por Renan Dal Zotto e vai comandar equipe nacional nas Olimpíadas de Paris 2024


Bernardinho é novamente o técnico da seleção masculina de vôlei do Brasil. Aos 64 anos, o treinador foi escolhido como substituto de Renan Dal Zotto, que pediu demissão após a classificação brasileira para os Jogos de Paris 2024, em outubro. A informação foi divulgada em primeira mão pelo “Jornal Nacional” nesta quarta-feira.Reproduzir00:00/00:00Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia

Coordenador das seleções masculinas, das equipes de base até a adulta, desde setembro deste ano, Bernardinho não deixará a função. Ele vai acumular o posto com os cargos de técnico da seleção masculina principal e do Sesc-Flamengo. Em abril do próximo ano, ele vai comandar os primeiros treinos em Saquarema (RJ), em preparação para a Liga das Nações, agendada para maio, no Rio de Janeiro.

– (…) Com a decisão pessoal do Renan, de se afastar momentaneamente do voleibol e da seleção brasileira, eu reassumo esse cargo no intuito de dar continuidade ao belo trabalho feito. Espero contribuir de alguma forma com a minha experiência para que a gente possa buscar a tão almejada medalha em Paris – declarou Bernardinho.

Presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Radamés Lattari classificou Bernardinho como “solução ideal” a sete meses das Olimpíadas.

– O Bernardinho tem qualidades indiscutíveis tecnicamente. Tem experiência, fazia parte do processo como coordenador, acompanhou o trabalho do Renan, então nada mais justo do que pensarmos no melhor para o vôlei brasileiro. E neste momento a solução ideal é o Bernardinho.

Bicampeão olímpico com a seleção, em Atenas 2004 e Rio 2016, Bernardinho retoma o cargo que deixou justamente após a conquista do ouro nas Olimpíadas há oito anos. Como treinador, Bernardo Rezende esteve em todas as edições dos Jogos desde Atlanta 1996, ausentando-se apenas de Tóquio 2020. Ao todo, Bernardinho tem sete medalhas olímpicas, sendo uma prata como jogador (1984), dois bronzes dirigindo a seleção feminina (1996 e 2000), além de dois ouros (2004 e 2016) e duas pratas (2008 e 2012) com o time masculino.

Neste século, a seleção masculina de vôlei teve apenas dois treinadores: Bernardinho (2001 a 2016) e Renan Dal Zotto (2017 a 2023). Em setembro passado, Bernardinho assumiu o cargo de coordenador das seleções masculinas, das equipes de base até a adulta. Segundo a CBV, a missão de Bernardo na função é planejar o trabalho das equipes adultas e de base visando os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Los Angeles 2028 e Brisbane 2032.

Bernardinho e Renan conversam durante treino da seleção — Foto: Reprodução

Bernardinho e Renan conversam durante treino da seleção — Foto: Reprodução

No início deste ciclo olímpico para Paris, Bernardinho dirigiu a seleção francesa masculina de vôlei logo após a equipe conquistar o ouro nos Jogos de Tóquio. O treinador brasileiro ficou à frente da seleção que vai ser anfitriã das próximas Olimpíadas por apenas sete meses, de agosto de 2021 a março de 2022. Ele alegou motivos pessoais para deixar a França. Bernardinho havia se separado da ex-jogadora Fernanda Venturini e preferiu ficar com as filhas no Brasil.

Com a seleção masculina, Bernardinho ainda conquistou três títulos em Mundiais, duas Copas do Mundo e oito Ligas Mundiais. Desde 2004, ele também segue ininterruptamente como técnico do projeto da equipe feminina de vôlei do Rio de Janeiro. Atualmente o Sesc-Flamengo é vice-líder da Superliga.

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Amigo de Bernardinho, Renan Dal Zotto deixou a seleção brasileira após a vitória sobre a Itália, por 3 sets a 2, no Maracanãzinho, no pré-olímpico que garantiu o Brasil nos Jogos de Paris 2024. Renan disse que tomou a decisão porque era “hora de dar uma pausa”. Por decisão familiar e orientação médica pediu demissão. Em 2021, o treinador chegou a ser hospitalizado em razão da Covid-19.

(GE)