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Mastologista detalha sinais de alerta e inovações no tratamento da doença
De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres ao redor do mundo e a principal causa de morte por câncer entre as mulheres no Brasil. Contudo, com um diagnóstico precoce e o tratamento correto, as chances de cura podem chegar a 95%.
Segundo a médica mastologista do Hospital Jayme da Fonte Isabella Figueirêdo, a prevenção do câncer de mama envolve duas abordagens. A primeira é a prevenção primária, que foca na adoção de hábitos saudáveis.
“Praticar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cessar o tabagismo são medidas importantes para a prevenção primária”, explica a médica.
Já a abordagem conhecida como secundária refere-se aos exames de rastreamento, que permitem o diagnóstico precoce da doença.
“A mamografia é o principal exame para detectar o câncer de mama em seus estágios iniciais, especialmente em mulheres a partir dos 40 anos. Em alguns casos, para complementar, a ultrassonografia é recomendada, principalmente para mulheres mais jovens e com mamas densas. E, em casos específicos, como histórico familiar ou mutações genéticas, a ressonância magnética é utilizada para detectar algum sinal de risco”, acrescenta a mastologista.
Autoexame
A mastologista também ressalta a importância de as mulheres conhecerem o próprio corpo e realizarem, periodicamente, o autoexame. Especialmente as mulheres abaixo de 40 anos, que ainda não realizam a mamografia de rotina. Nódulos, secreções, alterações na pele e gânglios na axila são alguns dos sinais de alerta que devem motivar a procura por um médico.
“O autoexame é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento. Não existe uma maneira correta, o importante é que a mulher toque suas mamas regularmente, fora do período menstrual, para identificar qualquer alteração”, orienta a especialista.
Inovações no tratamento do câncer de mama
A mastologista salienta ainda os avanços significativos no tratamento da doença, como a imunoterapia, que vêm oferecendo novas esperanças e uma melhor qualidade de vida para as pacientes em tratamento.
“A imunoterapia ajuda o organismo a combater as células cancerígenas e é frequentemente associada à quimioterapia. Outra novidade é a redução do tempo de radioterapia, com esquemas mais curtos e menos efeitos colaterais, o que aumenta a adesão ao tratamento”, relata Isabella.
As técnicas de cirurgia conservadora também vem evoluindo, sendo associada a outras técnicas, em especial a plástica.
“Atualmente, o padrão ouro é a cirurgia conservadora associada à plástica, o que chamamos de técnicas onco plásticas. Isso permite que pacientes, mesmo com tumores grandes, possam conservar as mamas, obtendo excelentes resultados estéticos e oncológicos”, comenta a médica.
Isabella ainda destaca a associação da fisioterapia oncológica, que tem sido uma importante aliada no tratamento do câncer de mama.
“Esse acompanhamento é indicado em todas as fases do tratamento, do pós-operatório à quimioterapia, e ajuda na recuperação e no bem-estar das pacientes. A fisioterapia oncológica utiliza técnicas específicas para melhorar a qualidade de vida das pacientes, ajudando a reduzir os efeitos colaterais da cirurgia e da radioterapia”, conclui a mastologista.
(Folha de Pernambuco)