Cássio, goleiro do Corinthians, foi o entrevistado do “Bem, Amigos!”, do sportv, desta segunda-feira. Logo no começo do programa, Cássio adiantou que deve jogar contra o Atlético-GO, nesta quarta-feira, nas quartas de final da Copa do Brasil
– A tendência é que sim (vou jogar). Vamos estar, vamos estar (preparados) – disse o goleiro.
O confronto em Goiânia marcará o 603º jogo de Cássio, que se isolará como primeiro goleiro e terceiro jogador com mais partidas com a camisa do Corinthians.
Será o começo de uma sequência difícil para o time de Vítor Pereira, que terá as quartas de final da Copa do Brasil e Libertadores pela frente, além da missão de se manter no topo do Brasileirão.
– Vai ser puxado. Estou confiante. Não tem como não estar. Estamos em uma situação boa. O elenco está mais cascudo, tem um banco de reservas bom, tem dois times na minha opinião. Mas pezinhos no chão – disse Cássio.
– Ele (Vítor Pereira) é muito bom e tem uma equipe muito boa. A comissão é muito importante. Esses caras estão muito a par de tudo o que acontece. É um treinador que conseguiu resultados, estamos nas quartas da Copa do Brasil e Libertadores e em segundo no Brasileiro. Poucos acreditavam. O professor tem feito a equipe evoluir. Você vê os miúdos evoluindo. É uma fase de maturação que já passaram, hoje vejo eles muito bem. O Du é um dos melhores jogadores nossos hoje. O treinador conseguiu se fazer entender.
– Quando ele chegou teve a situação do revezamento, algo que não estamos acostumados. Mas o revezamento preparou os jogadores para aquele momento, jovens que ganharam minutos, isso nos ajudou naquele jogo (contra o Boca) – completou.
Ao ser perguntado se é possível se manter vivo nas três competições que o Corinthians disputa, Cássio falou sobre o equilíbrio que o Campeonato Brasileiro tem mostrado e também do estilo de jogo de seu time. Além disso, elegeu o Fluminense, de Fernando Diniz, como a equipe com melhor futebol da competição nacional.
– Eu vou ser bem honesto. Desde que eu cheguei, (o Corinthians) sempre foi assim. Organizado defensivamente e cirúrgico, quando tiver a oportunidade, conseguir fazer. Os times tinham receio de sair perdendo, porque seria difícil de virar. Sempre foi isso. Hoje em dia, evoluiu, né? De repente, ganhar de 1 a 0 já não serve no Corinthians.
– Está muito difícil. É difícil ver equipes despontando, vitórias largas. A maioria é 1 a 0, 2 a 0. O Fluminense vem jogando o melhor futebol, na minha opinião. Mas no final das contas, quando você conquista um título, você esquece se ganhou dez partidas por 1 a 0.
– O Palmeiras pega o Atlético-MG na Libertadores, um deles vai sair e vai focar só no Brasileiro – continuou, analisando a temporada.
Agradecimento a Marcos Leonardo
Recentemente, contra o Santos, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, Cássio foi agredido por um torcedor no final da partida. O goleiro comentou a situação nesta segunda-feira e falou sobre o que pode ser feito para algo parecido não aconteça mais.
– Eu vi o segurança correndo e tentei me virar o mais rápido. Também tenho que agradecer ao Marcos Leonardo pela atitude dele, por ele ter se posicionado. É um menino novo, tem muita coisa boa reservada. Ele também tentou desviar o cara. Eu vi o vulto do torcedor vindo e tentei desviar. Se ninguém tivesse me ajudado, de repente podia ter tomado um chute nas costas que me machucasse.
– Com certeza (falta mobilização). A classe dos jogadores tem que ser mais unida. Eu falei do Marcos Leonardo porque raramente você vê um jogador defendendo um de outra equipe, indo contra torcedores do próprio time. Tem que ser em conjunto. Uma época aconteceu algo muito parecido. A torcida invadiu o CT e nós estávamos nessa situação de não querer jogar. Só que aí assim, começou aquele negócio, “ah, se não jogar vai dar problema para o clube, não vai ter receita, dá problema”. Só o jogador você não consegue. Tem que ser em conjunto com os times.
(GE)