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Cerveja faz bem ou mal à saúde? Nutricionista esclarece alguns mitos

Getty Images

A cerveja é a bebida alcoólica preferida dos brasileiros mas, apesar de muito analisada, ainda não há consenso científico

Apesar de ser uma bebida alcoólica, você provavelmente já ouviu por aí que beber cerveja, na verdade, faz bem à saúde. Muitos afirmam que ela possui benefícios por conter antioxidantes e vitaminas do complexo B, além de potencial para baixar a pressão arterial.

Em contrapartida, um estudo britânico de longo prazo, realizado com homens e mulheres saudáveis durante 30 anos, revelou que mesmo o consumo moderado de cerveja pode aumentar em até três vezes o risco de doenças cerebrais e atrofia do hipocampo.

Mas será que tudo isso é verdade? A nutricionista esportiva Dani Borges afirma que o assunto é complexo e aponta para uma característica importante da maioria dos levantamentos.

“Por vezes, estudos com camundongos mostram alguns resultados, mas funciona de maneira totalmente diferente para o organismo das pessoas”, explica Dani.

E quanto à cevada e lúpula da cerveja?

“Mesmo quando são analisados o lúpulo e a cevada individualmente, isso não quer dizer que os nutrientes desses ingredientes serão absorvidos em quantidade suficiente em apenas uma lata. Ou seja, precisaríamos beber muito e, com isso, vêm outras dezenas de malefícios do álcool”, acrescenta Dani.

Quanto à melhora na pressão arterial, os dados não são tão expressivos, e existem outras práticas bem mais saudáveis e com resultados melhores para a pressão, aponta a nutricionista.

“Bebendo uma lata, não perceberemos nada de tão especial. Mais que isso, a pressão arterial também pode ser afetada negativamente”, alerta.

Além disso, algumas cervejas, especialmente as de cereais não maltados, possuem carboidratos que podem elevar o índice glicêmico, comprometendo o processo de emagrecimento e inibindo a produção de testosterona, que compromete o ganho de massa muscular.

(Metrópoles)