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Cientistas encontraram ser vivo de 17 mil anos no fundo do Oceano Pacífico

Foto: Reprodução

Uma esponja de vidro, que vive no fundo do oceano, pode revelar os mistérios do clima antigo da Terra. Essa é a descoberta de uma equipe de cientistas que explorou as profundezas do Mar da China Meridional, a mais de mil metros abaixo da superfície.

A esponja, chamada Monorhaphis chuni, pertence a uma classe de esponjas do mar que existe há milhões de anos. Ela é considerada o ser vivo mais antigo do planeta, com cerca de 17 mil anos de idade. Ela se alimenta de plânctons, bactérias, vírus e outros organismos que filtram da água do mar, e ao mesmo tempo altera a composição química do ambiente marinho.

O que torna essa esponja especial é o seu caule, ou espicúleo, que pode chegar a três metros de comprimento. Esse caule serve para fixar a esponja no leito marinho, mas também guarda informações valiosas sobre as mudanças climáticas ao longo da história. Os cientistas analisaram o caule da esponja e encontraram registros de variações de temperatura, salinidade e outros fatores que afetam o clima terrestre.

A esponja de vidro é, portanto, uma testemunha silenciosa dos segredos do nosso planeta, que podem nos ajudar a entender melhor o passado e o futuro do clima.

(O Panorama)