Ouça Ao Vivo

Cirurgia feita em mineira ”com a pior dor do mundo” foi um sucesso, diz médico

Carolina Arruda passou por uma cirurgia para implantar eletrodos que vão amenizar os sintomas da doença

Carolina Arruda, mineira que tem neuralgia do trigêmeo, doença que causa a “pior dor do mundo”, passou por uma cirurgia neste sábado (27/7) para implantar eletrodos que vão amenizar os sintomas da doença. 

Ao Correio, o neurocirurgião Tiago da Silva Freitas, que faz parte da equipe que fez o procedimento, informou que a cirurgia foi um sucesso. O objetivo dos eletrodos é estimular o nervo e impedir a transmissão da dor ao cérebro. “A função dos eletrodos é tentar regular o nervo trigêmeo, que está com a sua função alterada, através de estímulos eletromagnéticos que farão a regulagem dos impulsos elétricos anormais que o nervo está emitindo (isso é o efeito de neuromodulação).

Tiago explicou que o procedimento é minimamente invasivo, onde os eletrodos são colocados através de agulhas. 

Segundo o especialista, o caso de Carolina é complexo, pois a paciente apresenta sintomas de neuralgia trigeminal e uma dor neuropática associada, por conta de inúmeras manipulações feitas anteriormente, especialmente pelo uso de fenol. 

A recuperação é feita em regime de enfermaria. O médico informa que os próximos passos são avaliar a resposta de Carolina após a cirurgia. “O procedimento cirúrgico foi realizado dentro do programado. Os eletrodos foram colocados nos alvos, sem intercorrências. Agora vamos realizar a programação e aguardar a resposta clínica da paciente”, explica Tiago da Silva Freitas.

Vaquinha para eutanásia

Carolina chegou a criar uma vaquinha on-line em 1º de julho para passar por uma eutanásia em outro país. Em 15 dias, ela arrecadou quase 90% da meta de R$ 150 mil, chegando a R$ 133.832,64. O valor estipulado serve para arcar com os gastos do procedimento.

No início do mês, a mineira decidiu passar por uma nova etapa. Ela foi internada em 8 de julho para dar início a um tratamento na Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas. Depois de tomar diversos medicamentos para ficar anestesiada, o próximo passo seria o implante neuroestimulador na medula espinhal no Gânglio de Gasser, que dá origem ao nervo trigêmeo na face.

(Diário de Pernambuco)