Daniel Alves pagará mais de R$ 800 mil em indenização para reduzir pena, diz jornal

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Às vésperas do julgamento por violência sexual na Espanha, o jogador Daniel Alves e sua equipe jurídica buscam meios de atenuar a pena, após o Ministério Público espanhol divulgar que pedirá que o futebolista seja condenado a nove anos de prisão. Segundo a imprensa espanhola, Alves pagará 150 mil euros (R$ 805 mil na conversão atual) em indenização para diminuir a condenação para dois anos em regime fechado.

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De acordo com o jornal Mundo Deportivo, a estratégia foi traçada após o Tribunal de Justiça de Barcelona negar, pela terceira vez, o pedido da defesa do jogador para que ele aguardasse pelo julgamento em liberdade. Alves continua preso desde o dia 20 de janeiro na penitenciária Brians 2, na região metropolitana catalã. 

Com a negativa e o tempo de prisão pedido pelo Ministério Público, jogador e seus advogados passaram a ver a situação com mais preocupação e deram entrada no processo de indenização, aponta o periódico. “Isso significaria aplicar a medida atenuante de reparação dos danos, pelo que poderia ser imposta uma pena inferior a dois anos de prisão”, explicou a defesa. 

A equipe jurídica ainda pediu a imposição de uma medida cautelar ‘menos onerosa’. Mas a promotoria espanhola entende que a prisão continua sendo a única maneira de impedir que Daniel Alves fuja do país antes do julgamento. A expectativa é de que o jogador vá a júri entre o fim de dezembro e o começo de janeiro de 2024. 


O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante, e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro, após depoimento.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava; depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. Além disso, ele entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não sendo levado adiante.

(Terra)