Dia Internacional: 7 mulheres que estão revolucionando o futebol mundial

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Imagem: Gilson Lobo/Agif

“Futebol não é coisa para mulher”. Até pouco tempo atrás, frases como essa eram ditas sem nenhum sinal de constrangimento por boa parte dos amantes do esporte mais popular do planeta.

O preconceito contra a atuação feminina nas mais diferentes funções da modalidade ainda existe, é claro, mas vem sendo derrubado dia após dia por jogadoras, técnicas, árbitras, jornalistas e inúmeras outras profissionais que não aceitaram ouvir esse “não” automático.

Por isso, no Dia Internacional da Mulher, o “Blog do Rafael Reis” apresenta abaixo sete mulheres que estão transformando o futebol mundial…. e para muito melhor.

LEILA PEREIRA

Raro exemplo de uma mulher no comando de um clube importante no cenário global, Leila tem conduzido o Palmeiras na fase mais vitoriosa da sua história. Desde que a dona da Crefisa foi eleita presidente alviverde, em novembro de 2021, o time paulista conquistou nada menos que sete títulos (uma Libertadores, dois Brasileiros, dois Paulistas, uma Recopa Sul-Americana e duas Supercopas do Brasil). A mandatária também tem aproveitado o peso do seu nome para discursar contra o machismo ainda vigente no ambiente do futebol e chegou a organizar uma entrevista coletiva exclusiva para jornalistas mulheres

SARINA WIEGMAN

Imagem: Naomi Baker – The FA/The FA via Getty Images


Finalista das últimas sete edições do The Best concedido ao melhor técnico de futebol feminino do planeta e vencedora do prêmio em quatro oportunidades (inclusive as duas mais recentes), a holandesa é praticamente uma unanimidade mundo à fora. Sarina venceu as duas últimas Eurocopas (2017, com a Holanda, e 2022, com a Inglaterra) e levou o English Team ao vice-campeonato mundial no ano passado. O moral da treinadora de 54 anos é tão elevado que ela é uma das opções analisadas pela FA para suceder Gareth Southgate como comandante da seleção inglesa masculina depois da Euro-2024 ou da Copa-2026.

ALEX MORGAN

Autora de mais de 120 gols com a camisa da seleção dos EUA, a atacante nascida na Califórnia já não tem mais figurado nas primeiras colocações das premiações de melhor jogadora do mundo. Mas Morgan alcançou algo que é bem corriqueiro no futebol masculino, mas que quase não acontece na versão feminina da modalidade: transformou-se em celebridade. A norte-americana tem mais de 10 milhões de seguidores no Instagram, já foi capa das mais variadas revistas, protagonizou um filme, fez pontas em sitcoms, participou de um DVD da cantora Taylor Swift e deu as caras em um clipe da banda Maroon 5.

MARIE-LOUISE ETA

Imagem: Reprodução/Instagram/@marielouiseeta


Ex-jogadora que nunca defendeu a seleção, a alemã é a única mulher que já trabalhou como treinadora em jogos masculinos da primeira divisão de um dos principais campeonatos nacionais da Europa. Ela quebrou essa marca histórica no começo do ano, quando dirigiu o Union Berlim na vitória por 1 a 0 sobre o Darmstadt, pela Bundesliga. Na verdade, Eta é auxiliar do clube da capital germânica, mas foi promovida provisoriamente ao posto de número um do banco de reservas por conta de uma suspensão recebida pelo técnico Nenad Bjelica.

STÉPHANIE FRAPPART

Árbitra de futebol desde que era adolescente (começou a receber para apitar jogos quando tinha 18 anos), a francesa poderia ter a palavra “pioneira” como um dos seus sobrenomes. No dia 1º de dezembro de 2022, Frappart dirigiu o confronto entre Alemanha e Costa Rica e se tornou a primeira mulher a trabalhar como árbitra principal em uma partida da Copa do Mundo masculina. Ela também já havia sido a primeira “apitadora” feminina a comandar jogos de um dos principais campeonatos nacionais do planeta (a Ligue 1 francesa, no caso, em 2019), da Liga dos Campeões da Europa (2020) e a decisão de um torneio importante de homens (Copa da França de 2022).

JENNI HERMOSO

Vencedora da Copa do Mundo do ano passado com a Espanha, recebeu um beijo na boca não consentido do então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, durante a comemoração do título. O abuso foi transmitido para o planeta inteiro e denunciado pela atacante que hoje atua no México. Hermoso denunciou o dirigente pela agressão, conseguiu fazê-lo ser banido do futebol por um período de três anos e virou símbolo da luta contra todo tipo de assédio e abuso sexual na modalidade.

RAFAELA PIMENTA

O que Erling Haaland, Paul Pogba, Matthijs de Ligt e Marco Verratti têm em comum? Todos eles têm a carreira gerenciada por uma advogada brasileira. Ex-sócia de Mino Raiola em sua agência global de representação de jogadores, Rafaela Pimenta virou a número 1 da empresa depois da morte do antigo chefe, em 2022. Com isso, acabou se transformando na primeira mulher a receber o título de “superagente” no futebol mundial. E, logo em seu primeiro ano de atuação como protagonista, Pimenta já ganhou os dois prêmios de maior prestígio da área: o Golden Boy, de melhor agente de jogadores europeus, e o Globe Soccer Awards, pelo papel desempenhado na transferência

(Uol)