Augusto Carreras, vice de competições do Sport, e Yuri Romão, presidente do clube — Foto: Anderson Stevens / Sport Club do Recife
Revés no sábado fez o agora ex-técnico dizer que seu ciclo poderia ter se encerrado antes, e mais de dois dias depois cúpula rubro-negra ainda não se pronunciou; acesso depende de milagre
Mais de dois dias se passaram desde que o perdeu do Vitória. E também das declarações abatidas do agora ex-técnico Enderson Moreira lamentando que o acesso não foi possível e de que seu ciclo poderia ter se encerrado antes. Desde então, nenhuma palavra da diretoria do Leão. Silêncio em meio à necessidade de respostas.
O acesso, matematicamente, é possível, mas o milagre necessário para que aconteça não inspira confiança. Como sentido nas próprias palavras do treinador, que teve a saída confirmada no domingo. Como esboçado no pedido de desculpas do capitão Rafael Thyere.
O ge procurou a diretoria rubro-negra. Não foi atendido. Também o presidente Yuri Romão, mas a assessoria disse que ele só irá se pronunciar na semana que vem. Nesta segunda, a única exceção foi uma fala ao jornalista Daniel Leal, do portal Itatiaia, em que disse que o Sport entra contra o Sampaio Corrêa com força máxima, e o assistente-técnico César Lucena comanda o time.
O silêncio da cúpula rubro-negra, que irá perdurar por mais sete dias, deixa em aberto perguntas importantes que precisam ser respondidas. E que mesmo um improvável acesso proporcionado pelos “deuses do futebol” no próximo sábado não as impedirá de serem feitas.
Além das contas: ainda há esperança de acesso para o Sport?
O questionamento mais latente é sobre o porquê de só agora mudar o comando técnico, a uma rodada do fim, visto a queda vertiginosa de rendimento no segundo semestre. Após o jogo contra o Criciúma, na rodada 27, a informação de bastidores é de que Enderson quis deixar o clube, em meio à sequência de cinco partidas sem vencer. Mas foi convencido a permanecer.
O que realmente foi conversado após o jogo que fez o treinador chegar com atraso de quase duas horas na coletiva de imprensa, respondendo às perguntas com críticas? Alguém da diretoria pode esclarecer, agora que o ciclo se encerrou? E que argumentos foram dados para que houvesse confiança na continuidade
Estes são apenas alguns dos questionamentos que podem ser feitos às vésperas do fim de uma temporada que gerou expectativas e entregou bom futebol na primeira metade. Mas que os pontos positivos desmoronaram à plena vista no segundo semestre.
Ao Sport, resta um milagre na rodada final. Primeiro, precisa vencer o Sampaio Corrêa na Ilha do Retiro. Além disso, torcer por tropeços de quatro dos cinco times a seguir: Juventude, Vila Nova, Atlético-GO, Novorizontino e Mirassol.
(GE)
