O esquema de segurança para o show gratuito que Madonna fará em Copacabana em 4 de maio seguirá a mesma linha do Revéillon 2024, considerado um caso de êxito para eventos na praia. A última virada teve esforços redobrados contra a violência depois que, em agosto de 2023, um show do DJ Alok, no mesmo local, foi marcado por arrastões e mais de 500 pessoas detidas nas areias.
Em dezembro, a PM do Rio anunciou que o evento anual teria pontos de revista na entrada do público (com reconhecimento facial), torres de segurança, detectores de metais e grades. Três mil agentes foram escalados para que o espetáculo de fogos fosse menos tumultuado que o show de Alok, o que, de fato, aconteceu. Na ocasião, 12 pessoas foram detidas, sem ocorrências significativas.
Essa estrutura deve ser retomada pela PM na vinda de Madonna, com a adição de um novo equimento, chamado Centro Integrado de Comando e Controle Móvel.
A unidade é um caminhão adaptado, com capacidade para transportar 26,5 toneladas, que custou R$ 8,6 milhões ao governo fluminense e foi entregue à corporação este mês. A utilização é recomendada justamente em megaeventos como o da cantora americana.
Com o caminhão, agentes terão acesso em tempo real a imagens geradas por drones (são dois, com capacidade de ampliação de até 200 vezes), câmera térmica, equipamentos de filmagem instalados em helicópteros e também em vias públicas. Além desse monitoramento, a unidade móvel permite reuniões emergeciais de autoridades numa sala de crise adaptada ao caminhão.
Depois do show de Madonna, a PM deve utilizar o mesmo equipamento no Rock in Rio, em setembro; a cúpula de chefes de Estado do G20, em novembro, e no próprio Revéillon.