Ouça Ao Vivo

Fantástico expõe relato forte de mulher que denunciou Felipe Prior: “Poça de sangue”

Fantástico exibe entrevista chocante com mulher que denunciou Felipe Prior: "Poça de sangue" - Reprodução/ Instagram
Fantástico exibe entrevista chocante com mulher que denunciou Felipe Prior: “Poça de sangue” – Reprodução/ Instagram

Atenção: este texto contém um relato forte de violência sexual. Caso tenha algum problema com o assunto, recomendamos que interrompa a leitura. Se você passou por alguma situação semelhante, denuncie pelo 180. 

Fantástico, da Globo, exibiu com exclusividade neste domingo (16) um relato doloroso da mulher que denunciou Felipe Prior na Justiça. Ele foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto pelo crime de estupro. A condenação ainda cabe recurso. 

No relato, a vítima conta que tudo aconteceu em 2014, muito antes da participação do arquiteto no Big Brother Brasil. Ela disse que tinha 22 anos de idade e estudava na mesma faculdade que ele em São Paulo. O relato é forte.

Segundo ela, tudo aconteceu quando os dois dividiam o mesmo carro após uma festa. “Quando a gente estava indo em sentido a minha casa, ele parou o carro no meio da rua. Ele foi para o banco de trás e me puxou. E desafivelou meu cinto, começou a me beijar. E aí ele foi para o banco de trás e me puxou, começou a tirar minha roupa. À medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei, Felipe, eu não quero, não quero. Eu comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito… Ele começou a falar para eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria. Que agora não era hora de falar que não. E começou a forçar a penetração”, disse ela. 

Aos prantos, ela revelou que pediu que ele parasse, mas que o ex-BBB não atendeu seus pedidos. “Quantas vezes eu preciso falar ‘não’ para a pessoa entender que ela está me machucando? Que ela está me violentando? Ele é muito mais forte que eu. Então eu não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue. Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele. Ele perguntou se eu queria ir para o hospital. Aí eu falei que não, que eu só queria ir para minha casa. Quando eu cheguei na minha casa, eu fui direto para o banheiro. Fiquei no chuveiro tentando estancar o sangue sozinha, mas minha pressão já estava muito baixa. Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar. E aí ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou, a gente vai pro hospital”

A vítima procurou um hospital que emitiu um laudo que comprova o estupro. Foi identificado laceração íntima – ela, porém, não conseguia confessar para a profissional o que tinha acontecido.“A médica me perguntou diversas vezes, perguntou para minha mãe, o que que é que de fato tinha acontecido, que lá era um lugar seguro, que eu podia confiar nela, que era necessário falar a verdade, mas eu não quis falar. O Felipe, no dia seguinte, me mandou uma mensagem. Perguntando como eu estava. E eu falei que eu estava machucada, que tinha feito uma ferida e pedi para ele não contar para ninguém. E eu estava com medo dele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação“, afirmou. 

Ao ser questionada se via que era uma vítima de abuso sexual, ela negou. “Não, eu não me via assim. Eu achava que eu ia conseguir apagar isso da minha vida e seguir em frente, como se nada tivesse acontecido. Mas isso não aconteceu. Eu tive crise de pânico, crise de ansiedade, agravaram muito mais a minha situação psicológica“, afirmou ela, que passou a se ver como vítima anos depois. “Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu comecei a receber das minhas amigas prints de tweets de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por ele”, finalizou. 

(Contigo)