Por afetarem as mesmas regiões do corpo e apresentarem sintomas semelhantes, lipedema e linfedema são dois problemas que, por vezes, podem ser confundidos entre si. No entanto, eles não são a mesma coisa, e possuem características clínicas, causas e tratamentos diferentes.
Segundo a Dra. Carolina Mardegan, médica especialista em cirurgia vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), tanto o lipedema quanto o linfedema podem prejudicar a saúde mental e a autoestima do paciente, uma vez que frequentemente resultam em desconfortos e alterações na aparência corporal.
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Portanto, ao notar qualquer sintoma, é fundamental procurar ajuda médica para avaliar a situação de forma adequada, obter um diagnóstico preciso e começar o tratamento o mais rápido possível.
A seguir, saiba mais sobre as diferenças entre lipedema e linfedema e o que fazer para lidar com as dores causadas por esses problemas de saúde:
QUAL A DIFERENÇA ENTRE LIPEDEMA E LINFEDEMA?
O lipedema é uma condição vascular crônica que acomete especialmente as mulheres e se caracteriza por uma distribuição irregular de gordura nas pernas, quadris e braços. As pessoas diagnosticadas com essa doença costumam apresentar manchas roxas, sensibilidade ao toque, sensação de peso, fadiga, inchaço, pele com textura semelhante à casca de laranja e dificuldade em emagrecer as pernas.
Já o linfedema é um inchaço crônico que se dá por causa do mau funcionamento do sistema linfático, impedindo a drenagem correta do excesso de fluido de uma área específica do corpo. Seus principais sintomas são: espessamento e endurecimento da pele, sensação de dor e peso, dificuldade de movimento no local e inchaços.
“O linfedema tem o potencial de agravar a circulação sanguínea em regiões das pernas ou dos braços, resultando em perda parcial de mobilidade na área afetada. Por outro lado, o lipedema provoca uma sensação de peso adicional na região, tornando-a sensível ao toque, reduzindo a capacidade de realizar atividades físicas na área e, evidentemente, afetando a autoestima devido às implicações estéticas”, destaca Mardegan.
” Para os pacientes já diagnosticados com uma das condições, é importante manter uma rotina de atividade física leve e regular, seja por meio de esportes, exercícios na academia ou fisioterapia. Além disso, considerar o uso de roupas de compressão e explorar sessões de drenagem linfática podem ser medidas benéficas. Tudo isso em coordenação com um profissional especializado “, orienta.
Porém, se nada disso estiver funcionando, o melhor a se fazer é buscar um médico, para que o profissional avalie profundamente a gravidade das condições e determine se será necessário a realização de procedimentos cirúrgicos para o tratamento.
(Terra)