Longas filas, calor, euforia e decepção: como foi o primeiro fim de semana do Coldplay no Rio

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Cidade fica em segundo lugar no ranking que mede a devolução das pulseiras de LED, após apresentação de sábado

Coldplay no Rio

Coldplay no Rio Lucas Tavares/Agência O Globo

O que mais se via na noite do último domingo, dia 26, no Engenhão era gente animada e se abanando. O calorão tomou conta até mesmo da noite no Rio, que chegou a registrar 49°C ao longo do dia em Santa Cruz. Nem por isso o clima ficou morno durante a segunda apresentação da banda Coldplay na cidade. Chris Martin, inclusive, agradeceu ao público pelo estádio lotado apesar do calor.

Coldplay em show no Engenhão

Coldplay no Rio — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo
Show do Coldplay no Rio — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

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Chris Martin, vocalista do Coldplay, no primeiro show no Rio da nova turnê — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

A banda inglesa faz três shows no estádio carioca

Pelo segundo dia consecutivo a banda embalou uma série de hits com efeitos especiais, como luzes, chuva de papéis e lasers. O clássico pedido para que os celulares fossem guardados no momento do refrão de “Sky full of stars” se repetiu, bem como os momentos em que o vocalista da banda capricha no português para interagir com o público. Chris explicou que gostaria de aproveitar com todos o momento como uma família, completando em português: “família carioca”. Em certo momento do show, Chris ainda convidou uma fã para o palco para acompanhá-lo em uma canção.

Seu Jorge participa de segundo show da banda Coldplay no Rio — Foto: Gabriela Medeiros/Agência O Globo

Seu Jorge participa de segundo show da banda Coldplay no Rio — Foto: Gabriela Medeiros/Agência O Globo

Mas uma novidade da noite foi o convidado brasileiro da banda. Os rapazes do Coldplay chamaram Seu Jorge para participar da apresentação, e o brasileiro cantou “Amiga da minha mulher”, com Chris no violão. O vocalista ainda se arriscou a cantar alguns versos da canção: “Não pego, eu pego; não pego, eu pego; não pego não”. Seu Jorge já havia se juntado a banda em show de São Paulo.

O ranking que contabiliza a devolução das famosas pulseiras que criam efeito de luzes no show mostrou que o Rio está em segundo lugar dentre as cidades brasileiras, após o show do último sábado, com 87%. Curitiba lidera o ranking, com 91%, e São Paulo fechou as apresentações com 85%.

Ranking mede devolução de pulseiras no show da banda Coldplay — Foto: Gabriela Medeiros/Agência O Globo

Ranking mede devolução de pulseiras no show da banda Coldplay — Foto: Gabriela Medeiros/Agência O Globo

As mensagens de conscientização, bem como o universo intergalático se fizeram presentes na segunda noite no Rio da turnê “Music of the Espheres”.

O que ainda não foi falado sobre a noite de estreia

No sábado, com a temperatura mais amena, os fãs que assistiriam ao primeiro show da banda no Rio torciam para que a chuva não estragasse o espetáculo visual, como aconteceu no último Rock in Rio, quando a água desceu torrencialmente sobre a plateia. Desta vez, São Pedro colaborou. O problema foi antes de entrar no estádio do Engenhão. Ainda às 17h, quando os portões foram abertos, o público se amontoou em filas que pareciam intermináveis. Teve quem levasse cerca de duas horas até chegar ao seu setor de destino.

Na volta pra casa, mais confusão: na rampa de acesso à estação de trem Engenho de Dentro, a multidão se apertava e caminhava a passos lentíssimos até as catracas. Com o empurra-empurra, algumas pessoas passaram mal. No domingo, a situação ficou melhor resolvida e as filas fluíram.

A devolução da pulseira de luz também gerou debate na plateia. Enquanto tinha gente que garantia que iria entregá-la à produção, acatando o pedido de Chris Martin, muitos fãs afirmavam que levariam o acessório pra casa, como parte da recordação de uma noite inesquecível. Na saída, funcionários fiscalizavam os pulsos e exigiam o retorno do material.

As pulseiras iluminadas do show do Coldplay — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

As pulseiras iluminadas do show do Coldplay — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

A participação especial do show de sábado foi o senão para o público mais jovem, que se empolgou com o espetáculo sensorial proporcionado pela banda inglesa. Muitos ansiavam pela presença de nomes populares como Ivete Sangalo, IZA, Anitta e Ludmilla dividindo os vocais com Chris Martin, já que em São Paulo o grupo recebeu Sandy, além de Seu Jorge. Quando Moreno, Tom e Zeca Veloso foram convidados, ao fim da apresentação, para cantar a lenta “Todo homem”, boa parte da plateia murchou. Já a dupla mineira Clara x Sofia e o trio escocês Chvrches, que fizeram os shows de abertura, agradaram, mesmo sendo novidade para muita gente.

Zeca Veloso, filho de Caetano Veloso, canta no show do Coldplay no Engenhão — Foto: Reprodução

Zeca Veloso, filho de Caetano Veloso, canta no show do Coldplay no Engenhão — Foto: Reprodução

O Coldplay ainda se apresenta no Rio de Janeiro nesta terça-feira, dia 28. Será o último de 11 shows (seis em São Paulo, dois em Curitiba e três no Rio) da banda inglesa no Brasil neste 2023, encerrando a turnê latina. O grupo volta ao palco somente no dia 17 de maio, em Coimbra, Portugal, segundo a agenda divulgada em seu site oficial. Ao que tudo indica, abril será mês de descanso para Chris e cia.

(EXTRA)