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Meninas do Brasil fazem história e levam o bronze na ginástica

Ricardo Bufolin/CBG

Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa levaram o bronze na final por equipes da ginástica artística

Terça-feira, dia 30 de julho de 2024: um dia histórico para a ginástica artística brasileira. A melhor geração da história do Brasil na modalidade garantiu uma medalha na final por equipes dos Jogos Olímpicos de Paris, uma das provas mais nobres da Olimpíada. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa foram espetaculares, excelentes, babilônicas, extraordinárias e gigantes para terminar em terceiro lugar na final por equipes da ginástica artística feminina. Estados Unidos ficou com o ouro, enquanto a Itália completou o pódio.

A equipe do Brasil fechou a final com 164.497 pontos para terminar na terceira colocação, mesmo com alguns erros na trave e no salto. A medalha de ouro ficou com a equipes dos Estados Unidos, capitaneada por Simone Biles, com 171.296 pontos. A Itália levou a prata com 165.494, tendo uma competição praticamente perfeita.

As brasileiras começaram nos seus piores aparelhos, que são as barras assimétricas e a trave. Mas com boas notas no solo e no salto, as brasileiras foram escalando na classificação final, ultrapassando Canadá, China e Grã-Bretanha para garantir o bronze.

A final para as brasileiras

O Brasil começou pelas barras assimétricas, onde tivemos um susto no aquecimento. Em uma queda, Flávia bateu o rosto na barra e teve um corte no supercílio. Enquanto colocavam um curativo no seu rosto, Lorrane Oliveira acertou sua série, tendo apenas alguns erros pequenos em algumas paradas de mão, conseguindo 13.000 pontos, . Em seguida, Flávia Saraiva conseguiu voltar para o aparelho fez uma série bem limpa para acrescentar 13.666 no total do time. Por fim, Rebeca Andrade apresentou uma ótima série, melhorando em relação à qualificação, conseguindo 14.533 pontos.

Na trave, o Brasil iniciou pela finalista olímpica do aparelho Julia Soares. A ginasta paranaense fazia uma boa apresentação, quando teve uma queda, tirando apenas 12.400. Em seguida, Flávia Saraiva foi em busca da redenção, após uma queda a tirar da sua terceira final seguida no aparelho em Olimpíadas. Flavinha diminuiu a sua dificuldade e fez uma série segura e conseguiu 13.433 pontos. Fechando novamente a rotação, Rebeca Andrade fez uma prova bem limpa para conseguir 14.133 pontos.

O grande espetáculo veio na hora do solo. Assim como no primeiro dia da competição, Julia Soares encantou o público com seu medley de Raça Negra e Edith Piaf, tirando nota 13.233. Flávia Saraiva teve alguns problemas na sua série do primeiro dia e não conseguiu uma vaga na final do aparelho. Mas novamente ela melhorou o seu desempenho, conseguindo acertar a sua série para tirar 13.533. E o público se empolgou novamente com a brasileira dançando o “Can Can”. E Rebeca Andrade cravou a sua série, ao som de Anitta e Beyoncé. A campeã olímpica tirou 14.200 para aumentar a pontuação do Brasil.

As brasileiras fecharam a final por equipes da ginástica artística feminina com o salto. Jade Barbosa e Flávia Saraiva fizeram o mesmo elemento, o Yurchenko com dupla pireuta. Flavinha conseguiu 13.900 pontos, enquanto a veterana levou 13.366 após uma chegada ruim. Por fim, fechando a competição com chave de ouro, Rebeca Andrade fez um ótimo Cheng para conseguir 15.100 pontos.

As adversárias

Os Estados Unidos confirmou o favoritismo e terminou em primeiro lugar, conquistando o quarto título olímpico do país na competição por equipes. Simone Biles, principal nome do time, estadunidense, acertou as suas quatro provas para ajudar a equipe a somar uma pontuação alta. Ao longo da final, as norte-americanas tiveram poucos erros, contabilizando apenas uma queda na trave.

China e Itália eram os principais adversários diretos do Brasil. As chinesas tiveram alguns erros na trave e nas barras assimétricas, que são os melhores aparelhos do país, assim como no solo. E isso comprometeu a pontuação total do país. Já a Itália, fez uma competição praticamente perfeita, cometendo poucos erros para terminar com a medalha de prata.

(R7 Esporte)