Foto: Atletas brasileiros posam em frente ao prédio do Brasil na Vila Paralímpica | Isabela Vergani /
Os remadores, mesatenistas e jogadores de vôlei estão em solos franceses desde a terça-feira da semana passada, 13, com atividades em Mathaux, Saint-Julien e Troyes, respectivamente, na região de Aube, a cerca de 160 km de Paris. Já os arqueiros, halterofilistas e jogadores de bocha realizaram a aclimatação fora da França.
Os cinco atletas que integram a Seleção Brasileira do tiro com arco fizeram sua preparação na Itália, em Roveredo di Guà, município da região do Vêneto, província de Verona. Já os halterofilistas e a equipe de bocha ficaram no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, e viajaram para Paris na terça-feira, 20, para entrarem diretamente na Vila.
A próxima modalidade a chegar ao espaço é o goalball, com doze atletas das Seleções masculina e feminina no total. A previsão é que eles se acomodem no complexo nesta quinta-feira, 22. A entrada da delegação brasileira na Vila será feita de forma escalonada até o dia 30 de agosto, quando os esgrimistas se juntarão aos outros esportistas em Paris.
Tranformação para a acessibilidade
Desde o término dos Jogos Olímpicos, a Vila passou por uma transformação para receber os atletas com deficiência. Além da troca da identidade visual, na qual os aros olímpicos deram lugares aos agitos paralímpicos, rampas foram construídas nas áreas externas para a melhor locomoção dos cadeirantes. Os apartamentos também possuem pelo menos um banheiro adaptado.
O Brasil tem dois prédios. O principal, D10, tem 64 apartamentos e vai hospedar 226 atletas . O segundo prédio, D11, é dividido com Portugal e Irlanda, tem 44 apartamentos “brasileiros) e hospedará 28 atletas do país.
“Cada vez que participo dos Jogos, vivo experiências diferentes. Essa é minha terceira participação e, quando entrei aqui, senti uma energia super positiva. Acabei de chegar e já estou apaixonada. Estou sem palavras para descrever o cantinho do Brasil. Está tudo muito lindo. Será algo perfeito para nós”, disse a paulista Mariana D’Andrea, 26, campeã paralímpica no halterofilismo, categoria até 73kg, nos Jogos de Tóquio. A atleta participou pela primeira vez de uma edição do megaevento nos Jogos o Rio 2016.
“É uma emoção indescritível. Passa um filme na minha cabeça, lembrando de tudo o que passei. Entrar aqui na Vila Paralímpica é muito emocionante. Estamos mostrando que podemos estar onde a gente quiser”, afirmou a paraibana Laissa Guerreira, atleta da bocha.
Diretor de Esportes de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Jonas Freire elogiou a estrutura preparada para os atletas paralímpicos às margens do rio Sena, entre Saint-Denis, Saint Ouen e L’Île-Saint-Denis, no norte da capital francesa.
“O Comitê Organizador Local e Comitê Paralímpico Internacional mostraram uma atenção especial à questão da acessibilidade desde o começo da estruturação do espaço. A Vila Paralímpica é totalmente acessível e dá total autonomia para as pessoas com deficiência”, avaliou o dirigente.
(Terra)