Harry era esperado no dia anterior, mas não apareceu – Foto: Grosby Group
Após ter faltado à audiência do julgamento contra o Mirror Group Newspapers (MGN), o príncipe Harry compareceu na manhã desta terça-feira, 06 de junho, a um tribunal de Londres. Ele é um dos depoentes no processo contra um jornal sensacionalista, tornando-se o primeiro integrante da família real britânica a depor na Justiça em mais de um século.
A imprensa britânica esperavam que o caçula do rei Charles III comparecesse no dia anterior, mas ele só deu o ar da graça no início da manhã seguinte, na entrada da Alta Corte de Londres.
David Sherborne, advogado do filho da saudosa Lady Di, informou que Harry estava comemorando o segundo aniversário de sua filha, na Califórnia, onde vive com a família desde que deixou a monarquia, em 2020. Vale lembrar que a data acabou sendo ignorada pela Família Real.
Diante da justificativa do advogado, o juiz Timothy Fancourt afirmou estar “um pouco surpreso”. Já o advogado do MGN, Andrew Green, se disse “profundamente perturbado”, pela ausência de Harry, afirmando que pretendia interrogar o monarca durante um dia e meio.
A ida de Harry à côrte marca a primeira declaração de um membro da realeza britânica em um tribunal desde Edward VII, por ocasião de um julgamento por difamação em 1890, antes de se tornar monarca.
ENTENDA O CASO
O duque de Sussex abriu uma ação contra a editora dos jornais “Daily Mail” e “Mail on Sunday” por reportagens que as publicações fizeram sobre ele e sua mulher, Meghan Markle. Ele alega que houve “coleta ilegal de informações”.
Imagens do canal de televisão Sky News mostraram o príncipe de 38 anos, que mora nos Estados Unidos, entrando no tribunal onde o grupo Associated Newspapers tenta arquivar o caso
Foram abertos os procedimentos legais do caso e um juiz ainda tem de decidir se há provas suficientes para ir a julgamento. A previsão é que o julgamento dure quatro dias.
Além de Harry, o cantor Elton John e as atrizes Sadie Frost e Liz Hurley também participam como parte acusatória no processo. No total, seis denunciantes acusam o grupo editorial de contratar detetives para ouvir suas conversas em locais diversos, do interior de seus carros até suas casas.
(O Fuxico)
