Qualquer desavisado que chegasse na Cidade do Rock após as 21h15 deste domingo (11) entenderia que o Palco da Sunset era o principal do Rock in Rio naquele momento. “Todo mundo veio para o Sunset me ver“, disse Ludmilla em seu primeiro contato com o público do festival. Com um investimento milionário, a cantora brasileira provou que a favela e o funk chegaram lá e merecem reconhecimento.
Lud abriu seu espetáculo com uma mensagem sobre os seus mais de 10 anos de carreira. A cada frase, o público reagia. Quando a cantora subiu ao palco e entregou os primeiros versos de “Favela Chegou“, uma de suas colaborações com Anitta, o mar de gente que aguardava o show ficou agitado. Tuites com mensagens de ódio contra a artista foram projetados no telão antes da artista provar que é a “Rainha da Favela“. “Chama meu vulgo“, pediu Ludmilla.
Em um dos momentos mais emocionantes da apresentação, Ludmilla convocou um time de mulheres negras da música – veteranas e contemporâneas a anfitriã – com quem compartilhou uma mesa. Tasha e Tracie, MC Sophia, Tati Quebra Barraco e Majur cantaram trechos de seus respectivos sucessos em uma espécie de atualização da Santa Ceia. “Na minha mesa sempre haverá lugar para elas”, disse Lud. Um áudio reproduzido na introdução dizia: “Toda mulher no Brasil tem que lutar. Toda mulher negra tem que lutar 100 vezes mais”.
Um pomposo grupo de bailarinos ficou responsável pela troca de atos. Ninguém ficou indiferente ao momento em que a artista cantou o seu aclamado Lud Sessions e emendou as canções que marcaram o projeto de pagode “Numanice“. Com Brunna Gonçalves, esposa de Ludmilla, no palco, o refrão de “Maldivas” foi cantado a plenos pulmões pelo público.
Dançarinos vestindo peças da seleção brasileira mudaram os ares do show. O que foi definido como “Aquecimento da Ludmilla” prenunciou um longo medley de hits antigos de funk, que incluíram canções como “Hoje” e “Cheguei“. “Faz o L“, disse Lud ao anunciar o seu “Baile de Favela“.
(PopLIne)