Seleção chega a 100 dias sem técnico, e CBF segue diálogos com Real e Ancelotti

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Interlocutores fazem ponte com treinador italiano e com Florentino Perez, que não condicionam liberação ao resultado da Champions, mas só vão conversas após a sem

Cem vezes paciência. A seleção está há 100 dias sem treinador desde a oficialização da rescisão contratual de Tite, e a CBF exerce a paciência na busca por Carlo Ancelotti. Interlocutores fazem a ponte para o presidente Ednaldo Rodrigues em conversas tratadas com precaução nos corredores da entidade à espera de uma sinalização mais firme do italiano até o fim de maio.

Carlo Ancelotti e Florentino Pérez vão conversar após a semi da Champions para tratar o futuro — Foto: Divugação/Real Madrid

Carlo Ancelotti e Florentino Pérez vão conversar após a semi da Champions para tratar o futuro — Foto: Divugação/Real Madrid

Com as nomeações do espanhol Félix Sánchez Bas no Equador, do argentino Fernando Batista na Venezuela, e do iminente anúncio de Marcelo Bielsa pelo Uruguai, o Brasil é a única seleção da América do Sul ainda sem comandante para o ciclo visando a Copa de 2026. Se levarmos em conta que Tite já tinha confirmado o desligamento após a eliminação para a Croácia no Catar, são 140 dias.

Até o início das eliminatórias, no entanto, há tempo: em setembro, em casa, diante da Bolívia.

A postura da CBF na espera por Ancelotti se dá por sinalizações pouco incisivas, mas que mantêm o sonho vivo tanto do treinador italiano quanto do Real Madrid. Depois da virada do ano, Ednaldo Rodrigues contou com a ajuda de intermediários para se aproximar também do presidente merengue Florentino Pérez para evitar ruídos que dificultassem a tentativa de liberação.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Os sinais que chegam da Espanha indicam que a definição do futuro de Ancelotti no clube não depende mais de um resultado não conquista da Champions. Mesmo em caso de bicampeonato, as partes se mostraram dispostas a dialogar e entendem que uma saída para a CBF evitaria rupturas que pudessem ser traumáticas em outro momento. Seria um cenário positivo para todas as três partes.

Há, no entanto, questões financeiras importantes a serem discutidas entre clube e treinador no caso de anteciparem o fim do contrato que vai até meados de 2024. Vem muito daí a janela de espera imposta por Ednaldo Rodrigues até o dia 25 de maio.

Neste cenário, Real e Ancelotti teriam pouco mais de uma semana após a segunda partida da semifinal da Champions, diante do Manchester City, dia 17, na Inglaterra, para debaterem o futuro independentemente da presença na final em Istambul. Caso a sinalização seja positiva, a CBF programará a data Fifa de junho novamente com um interino para dar o passo seguinte e intensificar as negociações.

Por enquanto, só resta esperar. Já são 100 dias sem técnico, e contando.

(GE)