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Suspeitos, confissão e nenhuma prisão: como anda a investigação do ataque ao ônibus do Fortaleza

Sede da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva em Pernambuco — Foto: Daniel Leal

Uma semana depois, atentado à delegação tricolor com bombas e pedra segue investigado sob sigilo pela Polícia Civil de Pernambuco; ge mostra o que se sabe até o momento

Por Redação do ge — Recife

29/02/2024 01h00  Atualizado há 8 horas


Às 2h21 da madrugada da quinta-feira passada, dia 22 de fevereiro, foi registrado o boletim de ocorrência do ataque ao ônibus do Fortaleza. Uma semana depois, há suspeitos identificados, uma confissão e nenhuma prisão efetuada. As investigações seguem em sigilo por parte da Polícia Civil de Pernambuco, mas o ge mostra o que se sabe até o momento.

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As autoridades realizam oitivas de testemunhas e suspeitos na Delegacia de Polícia de Repressão a Intolerância Esportiva, no bairro de Ouro Preto, em Olinda, cuja entrada no espaço é restrita. 

Oficialmente, não têm sido passados detalhes das investigações em curso. A reportagem apurou que mais de 15 testemunhas foram ouvidas.

Amaro Filho, motorista do ônibus do Fortaleza que foi atacado no Recife — Foto: Reprodução/Globo

Amaro Filho, motorista do ônibus do Fortaleza que foi atacado no Recife — Foto: Reprodução/Globo

Uma delas foi o motorista do ônibus, Amaro Filho. Em entrevista ao Fantástico, veiculada no último domingo, ele afirmou que o ataque foi realizado por um grupo de cerca 100 pessoas na BR-232, na altura do Atacado dos Presentes, caminho de volta da Arena de Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, para o Recife.

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Em entrevista à reportagem ainda na madrugada de quinta-feira depois do ocorrido, o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, que estava no ônibus, indicou ter visto “torcedores com camisa amarela” na BR-232, no momento do ataque. A cor é relacionada à principal organizada do Sport.

“Eu estava no ônibus, vi torcedores com camisa amarela, já vi uma bomba no nosso ônibus, quebrou toda a lateral do vidro”, disse Marcelo Paz.

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Na quinta à noite, à Globo, o Coronel Alexandre Tavares, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Futebol da SDS, explicou a escolta de oito policiais ao ônibus e o porquê de não terem sido feitas prisões no momento do ataque:

– Ninguém foi preso porque, na hora, o número de policiais na escolta estava em menor número que o grupo. Após verificar que já havia danos ao ônibus e que pessoas precisavam de socorro imediato, o que a polícia fez, corretamente, foi cessar a agressão. Com certeza, se não estivesse lá seria muito pior.

Oficialmente, o que se sabe

As últimas informações de autoridades de segurança foram dadas na última sexta-feira, dia 23, quando houve uma reunião para debater a questão da violência relacionada a jogos de futebol em Pernambuco. Na ocasião, a Polícia Civil e a Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) afirmaram ter suspeitos identificados.

“Temos algumas pessoas identificadas. Não gostaria de falar agora (número) para não atrapalhar. Temos um número, não é só uma pessoa, e acreditamos que vamos chegar a uma organização”, afirmou Renato Rocha, chefe da Polícia Civil.

Não foram passados maiores detalhes, nem dado um prazo para que fossem efetuadas as primeiras prisões. Com o sigilo estabelecido nas investigações, nenhuma autoridade se pronunciou desde então à imprensa sobre os ataques.

(GE)