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Técnico de enfermagem de 22 anos tem pulmão perfurado após uso de vape

Ar começou a escapar para dentro do corpo conforme o jovem respirava e quase o matou. Ele fumava o equivalente a 20 cigarros por dia

Um técnico de enfermagem dos Estados Unidos teve seu pulmão perfurado após o uso excessivo de vape. O caso aconteceu em abril passado, quando Jonathan Belcher foi internado às pressas no interior do estado da Virgínia.

O pulmão esquerdo dele apresentava uma lesão grave, semelhante a um buraco, e o ar estava escapando pela caixa toráxica dele. Além da dor intensa, essa condição leva a morte em poucas horas se não for tratada.

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Para resolver o problema, segundo ele contou ao Daily Mail, foram necessários drenar o ar com um catéter e remover 1/4 do pulmão. A cirurgia permitiu que o órgão pudesse ser costurado e ele voltasse a respirar.

“Acordei com a sensação de que estava morrendo, sentia muita dor a cada respiração. Era como se houvesse um balão no meu peito prestes a estourar”, resumiu o jovem de 22 anos.

Fotografia de um cigarro eletronico- Metrópoles

As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha Daniel Cabajewski / EyeEm/Getty Images

Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta Martina Paraninfi/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil Leonardo De La Cuesta/Getty Images

Fotografia de um cigarro eletronico- Metrópoles

No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários Dirk Kruse / EyeEm/Getty Images

Pessoa segurando um cigarro comum e um cigarro eletrônico- Metrópoles

Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) Martina Paraninfi/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina Yana Iskayeva/Getty Images

Fotografia de um cigarro eletronico- Metrópoles

Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena Shahril Affandi Khairuddin / EyeEm/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina sestovic/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões RyanJLane/Getty Images

Fotografia de um cigarro eletronico- Metrópoles

O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico, vape - Metrópoles

O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer Diego Cervo / EyeEm/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer hocus-focus/Getty Images

Pessoas fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo HEX/Getty Images

Pessoa fumando cigarro eletrônico- Metrópoles

Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo Getty Images

Fotografia de um cigarro eletronico- Metrópoles

As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha Daniel Cabajewski / EyeEm/Getty Images

Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta Martina Paraninfi/Getty

Ele fumava desde os 17 anos e já estava tão viciado no uso de cigarros eletrônicos que inalava o equivalente a 20 cigarros por dia. Agora, depois do colapso do pulmão, ele segue afastado do trabalho e tem dificuldade até de falar.

“Entendo que é difícil deixar o vício, mas temos que saber que não é uma questão de se isso vai acontecer com quem usa vape, é só uma questão de quando”, alertou Balcher.

(Metrópoles)