Victor Hugo desabafa sobre ataques: ‘Minha mente não aguenta mais’

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Retrato Victor Hugo

Reprodução/Instagram/@victorhsteixeira

Na madrugada desta sexta-feira, 24 de fevereiro, Victor Hugo, que participou do BBB20, fez um desabafo tocante em sua conta no Twitter. O rapaz recebe comentários maldosos mesmo três anos após ter participado do reality show da Rede Globo.

“Será que tem alguém aí que gosta de mim? Pensando em deixar o Twitter de vez. Passando por momentos muito complicados aí venho aqui, faço uma pergunta e um bocado de gente me xinga recreativamente. Tenho desenvolvido ansiedade, minha pressão hoje foi lá em cima. Pensando no fim de semana, foi maravilhoso o Carnaval e tals. Aí você volta para a rotina, parece um tormento. Morar sozinho é péssimo. Sinto falta do Maranhão, dos meus pais. Não estou vendo sentido em quase nada ultimamente. Chega dói”, começou ele.

Victor também confessou que acabou mudando seu jeito de ser por causa dos haters. “Ainda bem que semana que vem minha irmã vai estar por aqui. Acho que vai me ajudar um pouco. Queria conhecer algumas pessoas que me seguem pessoalmente, as vezes me daria um gás, tem gente que fala umas coisas bonitas e tals, mas na vida real parece que é tudo muito distante. Eu evito também vir aqui, mas é um dos poucos lugares que ainda consigo me expressar nem que seja um pouco. Eu me pergunto onde está aquele cara que era: feliz, animado, cheio de sonhos e planos? É todo dia uma nova decepção que vai me desmotivando mais e mais. Quero buscar propósito”.

Para concluir, o ex-BBB contou que está cada vez mais difícil lidar com tudo. “Minha mente não aguenta mais as narrativas bizarras que criam sobre mim, sobre algo que não sou, nem fui. Está muito difícil”.

VOLUNTARIADO

Psicólogo, artista, influenciador, Victor Hugo ficou conhecido após participação no “Big Brother Brasil 20”, da TV Globo, onde mostrou sua autenticidade e fez todo o país conhecer uma personalidade marcante no programa. Mas, antes disso, houveram diversos momentos importantes e cheios de significados em sua trajetória como profissional da saúde e em seu crescimento pessoal que foi pouco contada até este momento.

Com uma década de dedicação à população, desde as mais carentes até as mais privilegiadas, Victor Hugo rodou diversos países. Iniciou sua trajetória no exterior na Bolívia, em 2016: “Fomos fazer uma feira de saúde para ajudar a população local, que é bem carente, próximo a capital La Paz, uma região com altitude muito elevada, então, foi bem complicado. Fomos para ensinar à população cuidados básicos com a saúde, como escovar os dentes. Também dávamos palestras, ajudamos a construir um templo missionário, que é um centro de missões para que o projeto continuasse com outras gerações”, afirmou.

No ano seguinte passou pelo Chile, em 2017 pelo Estados Unidos e, em 2018, pela Austrália, onde foi sua última experiência. “Foi a melhor missão de todas, fiquei três meses. Lá era trabalho voltado à apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade que iam para o país tentar a vida e acabavam não conseguindo, ficando reféns de suas próprias escolhas, e ajudávamos com apoio, cestas básicas, e tentativa de que elas voltassem para seus países de origem. Foi um aprendizado bem marcante”.

Após sua última experiência, escreveu o capítulo de abertura do livro “O Poder do Voluntariado: Reflexões e Relatos”, que foi lançado no mesmo ano. Em 2020, Victor Hugo entrou no Big Brother Brasil, período em que estourou a pandemia da Covid-19 no país e no mundo e, desde sua saída, não teve oportunidade de voltar para suas atividades como missionário. “Ser missionário é você estar disposto a se jogar nas missões, conhecer novas culturas, ajudar as pessoas, dar o seu melhor. Não tem nada a ver com conforto, mas sim com aprendizado, experiências, doação, fazer com que suas férias sejam úteis – todas que fiz foi no período das minhas férias. Arregacei as mangas, conheci pessoas e buscamos fazer a diferença na vida delas. Tenho vontade de voltar a fazer, mas para isso é preciso estar com uma vida estável, ser a pessoa que vai levar o auxílio”.

(O Fuxico)